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Mostrando postagens de maio, 2014

11- “Verseja-se um minuto, à noite, à lua, ”

" Dormir no Campo ", escrito em 19 de julho de 1855, publicado na Marmota Fluminense, n. 685, p. 4, 21 de fevereiro de 1856 Geralmente quando pensamos em Machado de Assis, pensamos nos seus romances que se passam em ambientes urbanos. Então é diferente e interessante vê-lo fazendo poesias, ainda mais sobre o campo, como um poeta arcadista.

10- Recomenda-se

A lua, escrito em 27 junho de 1855, publicado 17 julho de 1855.Pode ser lida neste trabalho onde foi transcrita. Descreve a lua com palavras difíceis ,como flux, fulgura, esparge, merencória. E quando parece que vai ficar apenas na sua descrição, dá vida a lua que “parece falar amores”. E aí quando se pensava tratar-se de apenas obervações externas, o poeta entra no poema, e tudo passa a ser sobre ele e seus sentimentos, que se recupera de uma tristeza, e finalmente passa a cantar a lua na segunda pessoa, que assim próxima o consola. É mais um texto que usa a Lua, um objetos inanimados, e lhe dá ações humanas. As descrições são longas e não acrescentam muito, mas gostei muito da inversão no tema que primeiro se foca na lua para depois passar ao poeta. É o primeiro poema que começo a ver a genialidade do autor. Recomendo a sua leitura.

9- Em voz Alta

Teu Canto , escrito em em 29 junho 1855, publicado na Marmota Fluminense, n.º 600, 15 jul. 1855.  Descrever a paixão por alguém, inúmeras vezes, era a arte da poesia da época. Mudava-se as rimas, o número de sílabas dos versos e as imagens metafóricas da beleza da amada e da força do sentimento. Esta obra, comparadas com as outras até então lidas, tem uma estrutura diferente, não contendo todos os versos o mesmo número de sílabas. São dois versos maiores seguidos de dois menores, num total de oito vezes. Dita em voz alta soa muito bem e poderia dar uma bela melodia. Se no conteúdo não inova, nem muito na estrutura, dá prazer à língua dizê-la.

8- “Escuta os meigos cantos de minh’alma ”

" Meu Anjo ", escrito 21 junho de 1855, publicado na Marmota Fluminense, 24 jul. 1855. Terrivelmente meloso e longo, poema que representa ao máximo o que as pessoas normalmente pensam quando ouvem a palavra romântico. E nesse sentido é romântico ao extremo. Pode ser usado em salas de aula para ilustrar o tema. Mas se nos permitimos um momento em que colocamos todo nosso ceticismo em espera, um momento de pausa de ironias e pessimismo, talvez consigamos até nos emocionar com os versos.

7.5 A Biblioteca Nacional Digital

<A minha busca para precisar o melhor possível as datas dos escritos de Machado de Assis me levou à Biblioteca Nacional Digital, que lista inúmeros documentos que podem ser visualizados e carregados pelo internauta. Dentre elas se destaca o livro “ Machadiana da Biblioteca Naciona l” compilado por Marco Lucchesi, Raquel Martins Rêgo, de 2008.> <Esse livro contém um catálogo bem completo das obras de Machado de Assis, onde foram publicados, e a data de sua publicação, o que me ajudou a achar várias dados e quase completar o meu catálogo pessoal.>

7- Um belo nome

Seguem agora meus comentários sobre a próximo texto de Machado de Assis, que é: Júlia , Marmota Fluminense, 18 mai. 1855: É a típica idealização da mulher amada, colocada em lugar inatingível. Perfeita em tudo, inspiração para tudo.

6.5- As Traduções

<Machado de Assis era um amante das letras e não apenas das nacionais. Assim quase ao mesmo tempo que começa sua carreira de autor original, começa sua carreira de tradutor, a primeira obra que traduz é “A Literatura durante a Restauração” um trecho do original francês de Lamartine, “Histoire de la Restauration”, publicado na “A Marmota”, n. 882 (p. 1), 883 (p. 1), 886 (p. 3), 888 (p. 4), 897 (pp. 1-2), 899 (pp. 3-4), 905 (pp. 2-3); 15, 18 e 29 de setembro de 1857, 6 de outubro de 1857, 6 e 13 de novembro de 1857, 4 de dezembro de 1857. E por toda carreira traduz vários outros textos famosos como “O corvo” de Edgar Allan Poe.> <Isso para avisar que essas traduções existem podem ser acessadas na internet, mas que não iremos fazer comentários sobre elas, por não serem trabalhos originais.>

6- Suas flores

Lembrança de Amor, escrito em 10 de maio de 1855, publicado na Marmota Fluminense, n. 587, pp. 3-4, 1 de junho de 1855. Pode ser lida neste trabalho onde foi transcrita. O autor aqui vai montando um buque de flores, comparando-as com características da amada, e do amor perfeito. É uma idealização, mas de um amor que acabou ou está prestes a acabar por isso a lembrança de amor.

5.5- procura-se uma poesia

<Onde está a “Lágrima de Amor”?> <Quando comecei a escrever esses textos queria fazê-lo em ordem cronológica até para acompanhar a evolução do escritor. Qual não é minha surpresa que a coleção “Obra Completa -Machado de Assis” em três volumes da Editora Nova Aguilar, não continha um índice cronológico de todos os textos, mas também não continha todas as obras de Machado de Assis....eu me senti um consumidor enganado.> <Solução: internet. Porém, aí também não achei uma cronologia global, no máximo, elas vêm dividas entre as diferentes categorias, contos, romances....> <For por isso que comecei a fazer o meu próprio índice de todos os escritos de Machado de Assis em ordem cronológica, que ainda está em formação, e pode ser acessado aqui , ou no menu do lado esquerdo.> <Tudo isso para dizer que eu perdi uma poesia de Machado de Assis ou inventei uma. Comecei a fazer esse índice já faz um ano, e no começo só colocava o título da obra e o ano de publicação,...

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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