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Mostrando postagens com o rótulo romantismo

128- “Nem o arrulho enternecido”

“Sinhá”, publicado no dia quinze de abril de 1863 em “O futuro”, ano I, n.15, p.495. A publicação original pode ser localizado na  hemeroteca digital, posteriormente foi publicado em “Crisalidas”     No jornal em que foi originalmente publicado está a indicação de que foi escrito em 1862. Poesia de idealização da mulher amada, com controverso elogio ao barulho dos pombos.

124- “A tua dor pede vingança e termo;”

O Acordar da Polônia, 15/03/1863, publicado em “O futuro”, ano I, n.13, pp.425-428. É possível achar o texto na hemeroteca digital .     Poesia sobre conflito entre poloneses e russos. Os poloneses lutando pela sua liberdade e independência. O poeta conta uma breve história da Polônia, explica a divisão do território polonês. Fala das guerras e de suas consequências de muitas mortes.

122- Mais uma vez o Brado

Hino Patriótico , publicado em dezoito de janeiro de 1863, na “Semana Ilustrada”, n.110, p.872.     É a terceira vez que Machado faz um hino, ver aqui e aqui .     Mais um hino que começa com um Brado, desta vez clama por uma morte honrada antes de uma vida infame e vil. Fala da luta pela liberdade, para “rejeitar o grilhão servil”.     <Hoje lendo fica patente a contradição de luta pela liberdade e ao mesmo tempo aceitação da escravidão, ou, talvez Machado estaria denunciando essa contradição nesses versos>.

102- Ensaio

“ Desencantos ”, publicado originalmente por Paula Brito, Rio de Janeiro, 1861.     Primeira parte em Petrópolis As cenas se passam entre três personagens, um triângulo amoroso. Dois vizinhos disputam a viúva de um coronel. a viúva escolhe o pretendente de maior iniciativa. A segunda parte se passa na corte o após o casamento as coisas não parecem ir tão bem após a lua de mel, o marido quer controlar a mulher e não deixá-la mais sair de casa. Aquele que foi rejeitado agora corteja a filha da sua antiga amada e acaba casando com ela.     Os diálogos entre as personagens são longos e para olhos de hoje parecem pouco naturais. <A palavra nova da semana é: meliflua. Usado na seguinte passagem: “(…) pensa que eu sou lá desses que procuram vencer pelas palavras melífluas e falsas?(...)”. Significado: “Que corre como mel; [Figurado] que é agradável aos sentidos. Origem : do Latim mellifluus>.

97- “Na embriaguez da cisma”

“ Lúcia ”, escrito em 1860, publicado em “Crisálidas”, em 1864. Mais uma vez retoma o tema de ter a idade de quinze anos . Narra o encontro de dois jovens de quinze anos, um deles canta, o outro observa. Compara a cantora à Desdemona, da peça Otelo de Shakespeare, e depois à Margaria do Fausto de Goethe. Ela agora já está morta, o poeta canta sua saudade. <A palavra nova da semana é: infante. Usado na seguinte passagem: “(...) Nascidos do ar, que ele respira — o infante?(...)”. Significado: “criança, filho”. Origem : do latim infans>.

89- Ruptura

O grito do Ipiranga , escrito em 7 de setembro de 1856, publicado em 9 de setembro de 1856 no Jornal Correio Mercantil, página 2. Esse texto foi redescoberto pelo professor da UFSCAR Wilton Marques. Canta a glória do herói Dom Pedro I, seu grande feito de lutar pela liberdade, contra a opressão lusitana. E assim a fundação do império brasileiro.

85- “É fraqueza chorar?”

“ A augusta ”, escrito em 1859, publicado em “O Binóculo”,n.º 1, 23 set. 1862. <A interpretação de poesias é como desvendar um mistério um enigma. Uma mensagem clara na cabeça do poeta torna-se nebulosa quando transcrita em versos, as rimas criadas para dar uma melodia nas estrofes são artificialmente colocadas deslocando a ordem lógica das palavras. Pode ser que o poeta nem tenha uma mensagem clara inicialmente.> <Enfrentemos mais uma poesia.> O poeta canta versos de consolação, de esperança diante de um fracasso de uma amiga. O autor chora com sua amiga. Fala de como muitas vezes temos que esconder nossa tristeza, fingindo alegria. Depois de mostrar toda essa empatia por uma dor alheia, somente na última estrofe fala de redenção e novos amores que nos ajudam a recomeçar mesmo depois da mais profunda queda. <Vou inaugurar uma nova seção nesses comentários: Machado de Assis escreveu faz mais de um século usando palavras e expressões hoje inutilizados. Assim a cada texto...

84- “Foras um sonho que eu tive, (...)”

“ Ícaro ”, escrito em 1859, publicado no Correio Mercantil em 9 de janeiro de 1860.     O poeta volta a refletir sobre o amor e seus efeitos. Sobre as exigências que ele faz. Sobre as necessidades que cria. O eu lírico quer mais de sua amada, quer que ela o ame na mesma medida que ele. E quando ele não é correspondido recusa a piedade de um amor machucado.     <Em um dos versos se lê: “quebrado a teus pés, quebrado”, que exagerado.>

79- As travessuras machadianas

“ Travessa ” publicado em “O Espelho”, 18 dezembro 1859. O poeta declara seu amor, sua paixão por uma mulher desconhecida de nós, deposita nela sua carência por mais esperança e por um mundo sem medo. Nada se compara ao sentimento que ela lhe desperta. Com ela o amor se concretiza. E para ela entrega sua vida.

77- Uma cantora

“ A MME. De la Grange ”, publicado no Correio Mercantil, 16 nov. 1859. Poesia em homenagem à cantora de la Grange, mostrando novamente a paixão do autor pela arte e as artistas. É um notável modelo de como fazer uma homenagem para alguém nessa época.

75- Prosa teatral

“Madalena”, publicado em “A Marmota”, n. 1.096 (pp. 3-4), 1.097 (p. 3), 1.098 (pp. 3-4), 1.099 (pp. 3-4), 1.100 (pp. 3-4), 1.101 (pp. 2-3), 1.102 (pp. 3-4), 1.104 (pp. 2-3) e 1.105 (pp. 2-3); 4, 7, 11, 14, 18, 21 e 25 de outubro de 1859; 1 e 4 de novembro de 1859. Pode ser lido  neste trabalho onde foi transcrito. Observação: não existe certeza se a autoria desse texto é de Machado de Assis, podendo ser de Moreira de Azevedo, já que ambos escreviam na mesma época para a Marmota e assinavam M.A. Madalena filha de Fernando e órfã de mãe, o enredo gira entorno de um casamento arranjado de Madalena, uma jovem moça, com um Médico de 60 anos. Há grande drama, um incêndio criminoso, atos de honra e sacrifício. Em algumas partes tem monólogos em que o personagem fala sozinho, parecendo mais uma peça teatral, com atos ao invés de capítulos. <Como argumento para se dizer que de fato é da autoria de Machado de Assis pode se apontar que talvez a personagem Madalena esteja representan...

71- “Vai, não prendas a tua primavera,”

“ Ofélia ”, publicado no Correio Mercantil, 21 out. 1859. Constrói toda poesia em cima da metáfora: o destino como um rio. Inspirado em Shakespeare, fala com Ofélia, sobre sua morte. E o poeta tenta dissuadi-la de entrar no rio. <Essa é a primeira evidencia do conhecimento de Shakespeare por Machado de Assis, nessa hora me pergunto: quando começou a lê-lo? No original em inglês ou em alguma tradução? O acesso a sua obra era fácil em 1859? Vamos acompanhar de perto essa conversa.>

56- Fogo

“ Condão ” publicado no Correio Mercantil, 28 mar. 1859. Discorre sobre o momento em que começa a paixão e os extremos sentimentos que causa. Utiliza a imagem da mariposa atraída a um fogo intenso que aceita se queimar.

55- Incentivo

“ A um poeta ”, publicado em “O Paraíba”, Petrópolis, 17 fev. 1859. Fala sobre a dificuldade de ser e de viver como um poeta, mas afirma que é justamente dessa provação que nasce a poesia. É dirigida a um poeta qualquer que pode bem ser o próprio autor.

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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