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110- “Os carinhos de Anfitrite”

O País das quimeras, publicado originalmente em “O Futuro”, 1862 É um dos primeiros contos de Machado de Assis e é profético do que vai vir. É sobre Tito um poeta, descrito com riqueza de detalhes o que dá vida ao personagem. Tito vende versos para se sustentar. O comprador da poesia impõe monopólio absoluto sobre a produção literária de Tito. No entanto Tito se apaixona por uma moça e começa a burlar o monopólio para dedicar poesias, sonetos e serenatas a sua amada. Mas, apesar dos esforços a moça recusa Tito, que se vê desolado. Até aí temos um típico enredo da época, boas personagens, um bom conflito que nos leva a ansiar por qual será o desfecho. Entretanto, numa virada de expectativas, Machado de Assis leva Tito a encontrar uma visão, uma fada alada, companheira “dos que pensam e dos que sentem”, que o leva a uma viagem pelo céu até o país das quimeras. Nesse lugar Tito encontra seres fantásticos que seguem regras próprias, seres que personificam fantasias e utopias, cicerone...

75- Prosa teatral

“Madalena”, publicado em “A Marmota”, n. 1.096 (pp. 3-4), 1.097 (p. 3), 1.098 (pp. 3-4), 1.099 (pp. 3-4), 1.100 (pp. 3-4), 1.101 (pp. 2-3), 1.102 (pp. 3-4), 1.104 (pp. 2-3) e 1.105 (pp. 2-3); 4, 7, 11, 14, 18, 21 e 25 de outubro de 1859; 1 e 4 de novembro de 1859. Pode ser lido  neste trabalho onde foi transcrito. Observação: não existe certeza se a autoria desse texto é de Machado de Assis, podendo ser de Moreira de Azevedo, já que ambos escreviam na mesma época para a Marmota e assinavam M.A. Madalena filha de Fernando e órfã de mãe, o enredo gira entorno de um casamento arranjado de Madalena, uma jovem moça, com um Médico de 60 anos. Há grande drama, um incêndio criminoso, atos de honra e sacrifício. Em algumas partes tem monólogos em que o personagem fala sozinho, parecendo mais uma peça teatral, com atos ao invés de capítulos. <Como argumento para se dizer que de fato é da autoria de Machado de Assis pode se apontar que talvez a personagem Madalena esteja representan...

39- Senhor X, Senhor F e Dona E

“ Três tesouros perdidos ”, publicado em “A Marmota”, n. 914, pp. 2-3, 5 de janeiro de 1858. <É o primeiro conto publicado de Machado de Assis, o que me deixa bem entusiasmado em lê-lo pela primeira vez.> Trata de um dos temas que depois se tornará recorrente, a infidelidade. A maior parte do tempo se passa com um diálogo, que bem poderia ser de uma peça de teatro. Utiliza várias expressões de época, como “entre um cavalo e uma pistola”, o que nos coloca numa máquina do tempo ao ler o texto. É bem curto, quase uma anedota.

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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