Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo teatro

141- Teatro perdido

 Em carta a Domingos Jaci Monteiro , secretário do conservatório dramático brasileiro, de 18 de março de 1864, Machado de Assis apresenta a comédia em 3 atos chamada “O Pomo da Discórdia”. Não existe cópia desse teatro, é um texto que desapareceu.

130- “Está de luto a cena nacional.”

A morte de João Caetano , publicado em primeiro de setembro de 1863, no Diário do Rio de Janeiro ano XLIII, n.239,p.1. Homenagem pelo falecimento do ator João Caetano. “O nome de João Caetano ficará nos anais do teatro e chegará à memória dos vindouros. Mas é aqui o ponto de maior tristeza. O que é a veneração da posteridade pelos artistas de teatro? As cenas palpitantes, as paixões tumultuárias, as lágrimas espontâneas, os rasgos do gênio, a alma, a vida, o drama, tudo isso acaba com a última noite do ator, com as últimas palmas do público. O que o torna superior acaba nos limites da vida; vai à posteridade o nome e o testemunho dos contemporâneos, nada mais.” É muito bem escrito. <Nesse momento histórico Machado de Assis não podia suspeitar na vindoura invenção dos filmes>.

116- “Quanto ao alazão, ninguém deu por ele; deitou a correr até agora.”

Quase ministro , teatro encenado pela primeira vez em 22/11/1862, publicada originalmente na Semana Ilustrada, Rio de Janeiro, 1864.     Em uma nota preliminar, Machado conta que a primeira encenação se deu em um sarau de amigos com bom desempenho de atores amadores.     O texto gera interesse e suspense no leitor. Rumores apontam a indicação de um novo ministro para o governo. O político indicado conversa com amigos sobre a possibilidade de sua indicação. Logo chegam várias visitas adulatórias e petitórias ao novo quase ministro. No final chega a notícia que o rumor da indicação é falso, e as visitas saem a procura do verdadeiro novo ministro.     É bem escrito e pode enganar as expectativas do leitor.

114- “Vai encher a cabeça de romantismo, é moda;”

O caminho da porta / O protocolo , publicada originalmente no Teatro de Macaho de Assis v.I, Rio de Janeiro, Tipografia do Diário do RJ, 1863, encenado no Ateneu em 1862.     As peças foram encenadas em 1862 e depois publicadas em 1863, na publicação antecedem o texto do teatro duas cartas uma de Machado de Assis dirigida Quintino Bocaiúva e a carta de resposta. Na carta o jovem teatrólogo pede o conselho se é recomendável fazer publica o texto dos teatros. Quintino Bocaiúva escreve: “(...)respondendo a uma interrogação direta que me diriges, devo dizer-te que havia mais perigo em apresentá-las ao público sobre a rampa da cena do que há em oferecê-las à leitura calma e refletida. O que no teatro podia servir de obstáculo à apreciação da tua obra, favorece-a no gabinete. As tuas comédias são para serem lidas e não representadas.”     Vamos ao texto do teatro.     A primeira com o título “O CAMINHO DA PORTA”, comédia em um ato. Três homens...

102- Ensaio

“ Desencantos ”, publicado originalmente por Paula Brito, Rio de Janeiro, 1861.     Primeira parte em Petrópolis As cenas se passam entre três personagens, um triângulo amoroso. Dois vizinhos disputam a viúva de um coronel. a viúva escolhe o pretendente de maior iniciativa. A segunda parte se passa na corte o após o casamento as coisas não parecem ir tão bem após a lua de mel, o marido quer controlar a mulher e não deixá-la mais sair de casa. Aquele que foi rejeitado agora corteja a filha da sua antiga amada e acaba casando com ela.     Os diálogos entre as personagens são longos e para olhos de hoje parecem pouco naturais. <A palavra nova da semana é: meliflua. Usado na seguinte passagem: “(…) pensa que eu sou lá desses que procuram vencer pelas palavras melífluas e falsas?(...)”. Significado: “Que corre como mel; [Figurado] que é agradável aos sentidos. Origem : do Latim mellifluus>.

90- Os vinte anos de Machado de Assis

“Odisséia dos Vinte Anos”, publicado na Marmota, n. 1.147, p. 3, 30 de março de 1860, pode ser lido neste trabalho onde foi transcrito. É o primeiro texto em que Machado deixa a pena da crítica para tentar a pena de criador de teatro. A cena toda é uma conversa entre dois amigos, que passa por uma discussão sobre os males da alma e a poesia de Byron. Um dos interlocutores chamado Luís diz que perdeu a mãe aos nove anos, fato que também aconteceu com Machado de Assis, seria isso a indicação de que este personagem expressa a opinião do autor? Luís se diz desiludido da vida, que todos são cínicos, que se sente com vinte anos uma pessoa velha. <A palavra nova do texto é: patíbulo. Usado por Machado na seguinte passagem: “(...) aqueles que têm em cada dia, não vinte e quatro horas de vida, mas um degrau do patíbulo para que sobem lentamente;(...) ”. Significado: “lugar de execução da pena de morte”. Origem : Do latim patibulum>.

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
-- Ver todas