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21.5 Biografia Machadiana

<Queria deixar as obras machadianas me contarem a história de seu autor. E de fato, várias fatos de sua biografia aparecem nas suas primeiras poesias, como o fato de ele ter perdido a mãe e a irmã quando ainda era pequeno. Mas muitas vezes apenas de forma vaga e fazendo algumas conjecturas.> <A curiosidade é grande então farei ao final de cada ano escrito um resumo do ano, o que pode se tirar das obras que seja da sua vida e apenas depois consultar algumas biografias.>

21- Ainda lindo?

" O pão d'açúcar ", escrito em 30 de outubro de 1855, publicado na Marmota Fluminense, n. 651, p. 3, 23 de novembro de 1855. Descrição do pão de açúcar do Rio de janeiro, compara-o com um gigante que dorme. Dá-lhe uma ação humana a de sorrir frente a tempestades, ventos e ao tempo. Mais uma faceta do romântico nacionalista.

20- Pedido e homenagem

“ O gênio adormecido ”, publicado na Marmota Fluminense, n. 642, pp. 3-4, 28 de outubro de 1855. Homenagem a Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa, e também reclama que ele volte a escrever, por isso estaria adormecido como diz o título.

19- “Lá na etérea imensidade”.

“ Um Anjo ”, escrito em outubro de 1855, publicado na Marmota Fluminense, n.º 702, 1 abr. 1856. É em homenagem à irmã do autor que já havia morrido. Não há muito que comentar, mantém o estilo da época. Uma estrofe sua poderia ser utilizada ainda hoje em uma lápide.

18- A poesia de então.

“ No álbum do Sr. F.G.Braga ”, publicado na Marmota Fluminense, n. 634, pp. 3-4, 9 de outubro de 1855. É uma homenagem a F.G. Braga amigo e colaborador da Marmota, e fala de sua obra, e da poesias em geral, que é um bom resumo do romantismo brasileiro que chora os amores e a pátria. Também fala da poesia clássica de Camões.

17- Lugares comuns

“ A uma Menina ”, escrito em 19 set, publicado em 21 out,1855, Marmota Fluminense, n. 639, p. 4, 21 de outubro de 1855. O poeta parece estar consolando alguma conhecida sua. Começa comparando a mulher com as flores. Elogia que ela por ser ainda menina e não mulher, por ser inocente e não ter malícia. E finalmente a compara com um anjo. Enfim, todos lugares comuns.

16- O estudo do texto.

"O profeta" , escrito em 11 de setembro de 1855, publicado na Marmota Fluminense, n. 644, p. 3, 2 de novembro de 1855. Poesia muito diferente de todas até então lidas, não há amores, saudades, é uma descrição histórica. Fala sobre profecias. Cria um suspense sobre qual será a visão do profeta. Mas fica tudo no suspense e se revelam apenas possibilidades ao leitor. Seria apena um anticlímax? É um fragmento, talvez na editoração do periódico tenha sido cortado uma parte da poesia, o resto dela só em algum manuscrito, que muito provavelmente já esteja perdido para todo o sempre. Mas estudando o texto um pouco mais, me passa pela cabeça que possa ser uma descrição de um acontecimento bíblico, quando Moisés recebe os dez mandamentos. Não sou especialista em profetas então recorri à alguns amigos professores, que logo me elucidaram: Professora M.C.: “Quanto ao profeta de Machado, bem se vê que o cara sabia das coisas. Acho difícil tratar-se de Moisés, pois reiteradamente f...

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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