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32- Bem me quer?

“ Não? ”, escrito em 25 abril de 1857, publicado em “A Marmota”, n. 882, p. 2, 15 de setembro de 1857 Começa com a típica exaltação da beleza e atributos femininos. Mas não há encontro do casal. O poeta termina pedindo que ela aceite seu amor.

31.5- O ano de 1856

A religião é talvez um aspecto pouco comentado quando se fala de Machado, neste ano algumas obras dele nos revelam um crente, uma pessoa devotada, uma admiração aos profetas bíblicos e principalmente à paixão de Cristo, lhe dedicando uns bons versos na semana santa de 1856 . Das obras desse ano destaco “ Minha Musa ” que tem os excelentes versos: “A Musa, que inspira meus cantos é livre, /Detesta os preceitos da vil opressão,”. Machado neste ano revela sua paixão pela arte dramática, pelo espetáculo tanto nas óperas como nos teatros. Gostava de assisti-las e discuti-las. Assim o jovem escritor começa participar mais ativamente do mundo artístico, conhecendo outros escritores, poetas, artistas e confraternizando com eles, sendo, nessas ocasiões, introduzido aos esfeitos do “ Cognac!... ”. Mas a poesia não domina tudo e abre espaço para a prosa em texto de crítica e reflexão sobre a poesia , o teatro e a religião . O ano de 1856 foi então um ano de grandes novidades e novas exp...

31- Um jovem triste.

“ Lágrimas ” e “ O meu viver ”, foi encontrado apenas o registro da data de divulgação desses poemas, 1856. Hoje temos dois poemas juntos, pois tratam do mesmo tema e porque não sei precisar suas datas de publicação. Provavelmente foram escritas em conjunto com o poema “ minha mãe ”. Retoma o tema de homenagem à sua mãe, e também o tema de “ saudades ” quando expressou preferir a morte à viver sem sua mãe. Em comparação estes textos são bem mais diretos. Em “lágrimas” chega a “maldizer” sua própria vida. Em “o meu viver” a vida é um martírio. Teria o autor nesse início de sua vida sofrido com depressão?

30- “(...)e se quando penetrastes naquele retiro, levastes o ceticismo no coração, trareis, no sair dele a crença e a fé, (...)”

“Idéias Vagas – Os Contemporâneos – Mont’Alverne” publicado na Marmota Fluminense, n. 768, pp. 1-2, 4 de setembro de 1856, pode ser lido neste  trabalho onde foi transcrito. O texto tem duas partes na primeira ilustrando a luta entre o bem o mal, a virtude e o vício. Fala das dificuldade de seguir o caminho do bem e das tentações do caminho do mal. Na segunda parte fala da importância dos pregadores da fé como o frei franciscano Francisco de Monte Alverne, célebre orador daquele período. O título deixa uma promessa não cumprida, seria uma série de texto sobre alguns “contemporâneos”, mas que acabou sendo um texto único.

29- Um órfão

MINHA MÃE , publicado na Marmota Fluminense, n.º 767, 2 set. 1856. A mãe de Machado de Assis morreu quando ele tina apenas nove anos. O texto retrata a tristeza que isso lhe causou o sofrimento, a falta. É uma bonita homenagem. Afirma que trocaria a glória de ser um poeta famoso para tê-la de volta.

28- O Teatro

“Idéias Vagas – A Comédia Moderna” publicado na Marmota Fluminense, n. 753, pp. 1-2, 31 de julho de 1856, pode ser lido neste  trabalho onde foi transcrito. Elogia o teatro como medida para saber o grau de civilização de um povo. Explica que o teatro mostra todas as faces da sociedade: as mais virtuosas e as mais viciosas. E ressalta as lições de moral que se pode ter no teatro. É um texto bem exaltado de quem é claramente um amante do teatro. Mas reclama do fato da comédia moderna não ser tão bem apreciada no Brasil. Novamente finaliza com uma desculpa por suas ideias estarem um pouco “vagas” e justifica isso por estar com pressa. Há aqui um indício do interesse do nosso jovem autor de futuramente retratar ele também os vícios da sociedade como ele os via retratados no teatro.

27.5- O ano de 1855

Antes de começar uma breve introdução. De todos os escritores brasileiros suponho que o mais estudado e analisado tenha sido Machado de Assis, assim qualquer tentativa de biografia e análise está fadada a ser uma repetição. Em busca de um pouco de novidade decidi que estes textos focarão mais nas obras do que nos fatos, deixarei as obras contarem a vida do poeta. Se quiserem os fatos podem achá-los nas enciclopédias. Vou falar da vida de Machado de Assis interpretando sua obra, o que tem a vantagem de ser diferente mais a desvantagem de poder ser totalmente fictício. Assim estou lendo toda a sua obra, que está acessível, em ordem cronológica e ao final de cada ano de textos farei uma análise do ano, imaginando como estaria a vida do autor. A primeira obra pública de Machado de Assis é de 1854, mas por ser a única desse ano decidi já emendar com o ano de 1855. Vamos começar. É possível imaginar como o poeta era jovem ao ler algumas dessas poesias de 1855. Aliás se estiver...

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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