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64- Primeiros tipos machadianos

“ Aquarelas ”, publicado originalmente em O Espelho, Rio de Janeiro, 11 e 18/09 e 9, 16 e 30/10/1859. É dividido em quatro textos o primeiro tem como título: “Os fanqueiros literários”. Calma o fanqueiro deste título quer dizer um logista de tecido e não tem nada a ver com qualquer tipo de música moderna. Em resumo Machado está falando dos escritores que vendem sua arte para o gosto do leitor, para vender mais, para ser mais comercial. Que produzem sem parar como numa indústria de tecidos daí a comparação inicial. Afirma que essa é a pior espécie de indústria. Comenta que o atrevimento maior é quando nesse texto encomendado o autor satiriza o próprio leitor freguês. Explica que o que se encomenda em sua época são as odes para o natal, batizados, noivados e casamentos. A poesia sairá tanto mais entusiasmada das virtudes dos elogiados quanto maior o bolso do freguês. Finaliza o texto com a seguinte frase: “Fazer do talento uma má­quina, e uma máquina de obra grossa, movida pelas proba...

63- “(...)minha amável leitora(...)”

Crítica, Revista dos teatros publicado em 11/09/1859. Com este texto começamos a ver uma nova face de Machado de Assis, aqui o autor nos fala diretamente, não é um poeta ou um narrador, é como um colega que nos conta suas novidades e últimos pensamentos. Lido fora do contexto poderia até se pensar que fossem textos de um blog. Não posso dizer com absoluta certeza, mas é a primeira vez que Machado de Assis conversa diretamente com o leitor da forma que depois o fará nas suas obras maiores, aqui ele começa com : “(...)minha amável leitora(...)” e segue contando seus pensamentos. Reflete um pouco sobre a metáfora de que a vida é um caminhar em uma ponte sobre um rio, de um lado e do outro a eternidade.  Depois começa sua crítica sobre “Asno morto” que  “é um drama em cinco atos, um prólogo e um epílogo, tirado do romance de Jules Janin, do mesmo título” e “o drama de Barrière”. Resume o teatro e o caracteriza como romântico, ele se diz pertencente à escola realista por se...

60- 404

“A odisséia econômica do sr. ministro da fazenda”, publicado em “O Paraíba”, Petrópolis, 26 jun. 1859. ano II, n.58, p.2. <Este texto não foi encontrado. Talvez esteja em alguma compilação mais moderna. Ou então teremos que esperar alguma oportunidade para pesquisar o periódico original em alguma boa biblioteca. Se alguém tiver acesso ao texto favor avisar.>

58- César e Napoleão

“ S.Helena ”, publicado em “O Paraíba”, Petrópolis, 22 mai. 1859. Poesia em homenagem ao Sr. Remígio de Sena Pereira. Utiliza temas da Ilíada de Homero para enaltecer a figura homenageada. Depois o comparando a um césar e napoleão.

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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