Pular para o conteúdo principal

Postagens

91- “(...) tinha calçado o coturno de crítico dramático, e devia a todo custo seguir a rota que eu mesmo me tinha traçado.”

“ A Crítica teatral. Dalila ”, publicado originalmente na “Revista Dramática”, seção do Diário do Rio de Janeiro, 13/04/1860. Começa por falar um pouco de sua vida e do difícil trabalho de crítico de teatro. A primeira peça que comenta é “Dalilia” de Octave Feuillet, traduzida e adaptada por Antonio de Serpa, representada no teatro das Variedades. Logo a elogia como uma das produções “mais lindas  da musa moderna”. O tema: a oposição entre o amor lascivo e o amor casto. Depois fala sobre “Espinhos e Flores” de Camilo Castello Branco. O nosso crítico tece vários elogios à Camilo, afirmando que esta peça também é uma boa produção desse literato. Tema: amor, traição, piedade e perdão.

90- Os vinte anos de Machado de Assis

“Odisséia dos Vinte Anos”, publicado na Marmota, n. 1.147, p. 3, 30 de março de 1860, pode ser lido neste trabalho onde foi transcrito. É o primeiro texto em que Machado deixa a pena da crítica para tentar a pena de criador de teatro. A cena toda é uma conversa entre dois amigos, que passa por uma discussão sobre os males da alma e a poesia de Byron. Um dos interlocutores chamado Luís diz que perdeu a mãe aos nove anos, fato que também aconteceu com Machado de Assis, seria isso a indicação de que este personagem expressa a opinião do autor? Luís se diz desiludido da vida, que todos são cínicos, que se sente com vinte anos uma pessoa velha. <A palavra nova do texto é: patíbulo. Usado por Machado na seguinte passagem: “(...) aqueles que têm em cada dia, não vinte e quatro horas de vida, mas um degrau do patíbulo para que sobem lentamente;(...) ”. Significado: “lugar de execução da pena de morte”. Origem : Do latim patibulum>.

89- Ruptura

O grito do Ipiranga , escrito em 7 de setembro de 1856, publicado em 9 de setembro de 1856 no Jornal Correio Mercantil, página 2. Esse texto foi redescoberto pelo professor da UFSCAR Wilton Marques. Canta a glória do herói Dom Pedro I, seu grande feito de lutar pela liberdade, contra a opressão lusitana. E assim a fundação do império brasileiro.

88.5- Textos “inéditos” de Machado de Assis

<Em 2015, ainda estamos descobrindo novos textos de Machado de Assis. É o que conseguiu o professor da UFSCAR Wilton Marques: http://www2.ufscar.br/servicos/noticias.php?idNot=7247 , que descobriu uma poesia do ano de 1856 publicado em jornal da época, mas que nunca figurou em qualquer coletânea, ou índice de obras machadianas. Assim, apesar de ter sido publicado em 1856 era um texto praticamente desconhecido.> <Esse notável feito foi realizado com a ajuda da tecnologia de digitalização de imagens e reconhecimento de caracteres, desse modo o professor pôde pesquisar jornais antigos já digitalizados palavra por palavra.> <Desse modo, irei incluir meus cometários aos “novos” textos que forem sendo redescobertos.>

88- “Desgraçado, vendeste tua mãe!”

“ A Crítica teatral. José de Alencar: Mãe ”, publicado originalmente na “Revista Dramática”, seção do Diário do Rio de Janeiro, 29/03/1860. Começa falando da tarefa e das dificuldades de um crítico de teatro. E comenta rapidamente que não se filia à escola realista nem a romântica. Então passa a discorrer sobre a peça “Mãe” e a elogia dizendo: “o drama é de um acabado perfeito, e foi uma agradável surpresa para os descrentes da arte nacional.” Um drama de amor e honra, com suicídio, que ainda mostra as práticas do comércio de escravos, que eram usados como bens e até hipotecados. <A palavra nova da semana é: azorrague. Usado por Machado na seguinte passagem: “Nem azorrague, nem luva de pelica; mas a censura razoável, clara e franca, feita na altura da arte e da crítica. ”. Significado: “Açoite de várias correias ou cordas”.>.

87- “Morreste, seriedade!”

“ Ao carnaval de 1860 ”, publicado em “A Marmota”, n. 1.136, 21 de fevereiro de 1860.     Para quem estuda a história do carnaval brasileiro é um bom testemunho de como se fazia em 1860, ainda antes de o samba existir.     O poeta saúda o carnaval, já então comemorado em três dias. A própria razão entrou na brincadeira. Nem a política é causa para briga nesses dias.     Machado diz que o carnaval é como Roma que se deixa invadir pelos Hunos. <A palavra nova da semana é: folgazão. Usado por Machado na seguinte passagem: “Agora reina a chacota/E o carnaval folgazão!”. Significado: “alegre; jovial; que não quer trabalhar”. Origem: de folgar.>

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
-- Ver todas