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120- “ O que é certo, porém, é que em nosso país e neste tempo é coisa rara e para admirar um livro de versos, e, sobretudo um livro de bons versos, porque maus, sempre há quem os escreva, (...)”

Crônicas (1863) , publicado originalmente em “O Futuro”, Rio de Janeiro, nos dias 01/01/1863, 15/01/1863, 31/01/1863, 15/02/1863, 01/03/1863, 15/03/1863, 01/04/1863, 15/04/1863, 01/05/1863, 15/05/1863, 01/06/1863, 15/06/1863 e 01/07/1863. Em 01/01/1863, fala das esperanças para o novo ano de 1863. Recomenda a leitura do livro “o Lírio Branco” de Luiz Guimarães Júnior. Em 15/01/1863, comenta as relações entre o Brasil e a Inglaterra. Comenta a peça “Túnica de Nessus”, de S.B. Nabuco de Araújo. Em 31/01/1863, discorre sobre um novo jornal o “Brésil”, escrito em francês, feito por brasileiros e vendido nos portos, para passageiros de transatlânticos. Em 15/02/1863, fala principalmente de uma exposição na Academia das Belas Artes no Rio de Janeiro, comentando várias obras de artes plásticas. Em 01/03/1863, comenta a supressão da procissão de cinzas, sobre a educação religiosa e práticas religiosas em geral. Em 15/03/1863, sobre uma reunião literária para instituir leituras públicas. Ainda...

118.5- O ano de 1862

    Machado de Assis em 1862 já contava com 23 anos de idade já não é mais um menino, suas responsabilidades aumentam. Talvez por isso as poesias diminuem, ou talvez simplesmente as tivesse guardando para a publicação de seu primeiro livro de poesias alguns anos mais tarde.     Continua o crítico, o cronista, até comenta direitos dos trabalhadores . E continua a acompanhar o teatro do Rio de Janeiro.     Retorna com o Dr. Semana agora com suas preleções de gramática .     E como dramaturgo estreia a engraçada peça “ Quase Ministro ”.     É um ano de continuações e de amadurecimento na sua profissão de escritor.   Desse anos recomenda-se a leitura de o “ País das Quimeras ” e da poesia “ Aspiração ”.

118- “Não te arrepeles. Dá de mão ao pranto; /Isso que tem?”

Coração Perdido , publicado na Biblioteca Brasileira, I Lírica Nacional. RJ, 1862, pp. 53-54.     Hoje é uma prática mais rara, mas já houve um tempo em que era popular o passatempo o de criar passarinhos presos em gaiolas. A poesia tentar confortar um praticante, talvez uma criança, desse costume, que perdeu um passarinho. A poesia é cheia de rimas, como era o costume.

117- Aniversário do Imperador

“O dia dous de dezembro de 1862”, publicado em 07/12/1862, na Semana Ilustrada, ano ii, n.104, p.826. É possível acessar o texto na Hemeroteca Digital .     O dia 02 de dezembro é a data do aniversário de Dom Pedro II. Machado relata as festividades, conta que naquele ano de 1862 o aniversário do imperador se passou em um dia nublado, e que as festividades se passaram normalmente, com participação do exército e da igreja. O evento também contou com a inauguração do retrato do monarca, apresentação do teatro “As leoas pobres”. Ainda houve cerimônias de promoções no exército e armada.

116- “Quanto ao alazão, ninguém deu por ele; deitou a correr até agora.”

Quase ministro , teatro encenado pela primeira vez em 22/11/1862, publicada originalmente na Semana Ilustrada, Rio de Janeiro, 1864.     Em uma nota preliminar, Machado conta que a primeira encenação se deu em um sarau de amigos com bom desempenho de atores amadores.     O texto gera interesse e suspense no leitor. Rumores apontam a indicação de um novo ministro para o governo. O político indicado conversa com amigos sobre a possibilidade de sua indicação. Logo chegam várias visitas adulatórias e petitórias ao novo quase ministro. No final chega a notícia que o rumor da indicação é falso, e as visitas saem a procura do verdadeiro novo ministro.     É bem escrito e pode enganar as expectativas do leitor.

115- “O que a terra não deu, dar-nos-á o Senhor!”

Aspiração ,  poesia, publicada pela primeira vez em primeiro de Outubro de 1862, em “O futuro”, ano I, n.2, p.65, depois republicado na primeira edição de Crisálidas em 1864     O poeta começa falando da sua tristeza. Diz que por ser jovem, as pessoas não acreditam que ele possa estar triste. Discorre por vários versos sobre sua desilusão. Que as coisas do mundo são vãs. Conclui que só em Deus pode encontrar o que busca o que lhe falta.     O texto é muito bem escrito.

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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