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1.5- Primeira digressão


<tudo entre <> são comentários, digressões na melhor tentativa de imitação de Machado de Assis>
<Começar alguma coisa é sempre difícil, tem que se criar a ponta da meada, só depois pode se puxá-la. A verdade é que não se cria nada, mas mesmo assim devemos achar o começo, e achar o começo pode ser muito difícil, como numa fita colante em que se perde o início.>
<O percurso já está traçado, resta saber qual será o meio de locomoção. Quero algo fluído como água, em que se passe de um ponto ao outro sem grande turbulência. Mas também quero que todo ponto seja um novo início, e que cada passo possa ser acompanhado por outros sem necessidade de iniciarem o traçado original. Deve ser como capítulos de um folhetim, quando os leitores podiam acompanhar a história facilmente, mesmo sabendo que havia outras partes que não tinham lido.>
<O problema dos folhetins é que muitas vezes perdem a lógica interna para agradar os leitores presentes, sacrificando a leitura futura quando todos as partes já estão findas e unidas. Como a tarefa é longa, e o fim imprevisto, me arrisco.>

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Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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