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92- “A vida – como o sultão”

“Beijos”, publicado em “A Marmota Fluminense”, n. 830, p. 4, 17 de março de 1857. Pode ser lida aqui ou na hemeroteca digital Machado assina apenas com um M., talvez por isso este texto foi redescoberto pelo pesquisador Felipe Rissato . <Me lembrou um pouco de “Vou me embora para Pasárgada” de Manuel Bandeira> <A palavra nova da semana é: ditoso. Usado na seguinte passagem: “Para que eu fosse ditoso”. Significado: “Feliz, afortunado, que tem sorte”. Origem : do latim dictum>. TAGs <poema, 1857>

37.5- O ano de 1857

Uma dúvida que paira sempre que venho escrever aqui é se eu não estou pulando alguma obra, será que pulei alguma página das listas de obras de Machado de Assis, ou será que existe alguma obra inédita guardada em alguma baú, ou será que existe algum pseudônimo dele que não conhecemos com que tenha assinado várias obras? Digo isso pois o ano de 1857 é deveras curto; apenas seis poesias, sendo que uma delas foi publicada em 1858. Mas se de fato ele apenas escreveu esses seis poemas o que teria acontecido para ter diminuído tanto sua produção comparado com os anos de 1855 e 1856? O conteúdo dessas poesias nos dá uma resposta: o jovem poeta estava apaixonado e não teve seu amor correspondido. Nesse estado de espírito, implorou por amor , prenunciou sua morte , tudo isso o teria desanimado a escrever, apenas voltando ao papel para falar de seu amor. Desse ano destaco a poesia o sofá , que embora ainda trate da temática amorosa muda o foco de participante para a de observador.

37- “Ameno sítio”

“ O Sofá ”, escrito em dezembro de 1857, publicado em “A Marmota”, n. 915, p. 4, 8 de janeiro de 1858. Aqui um objeto entra na história como personagem importante, mas que não chega a se personificar. Antes tinha sido a palmeira a testemunhar as lamentações do poeta. Agora é o sofá como local de encontros amorosos. Para ele maior símbolo da preguiça não há. Esse é uma obra que dá pistas do Machado de Assis que virá, de temas que ele vai tratar, mas sempre de uma forma diferente da esperada, neste caso do ponto de vista de um sofá. Teria o jovem Joaquim testemunhado indiscrições sobre um sofá, ou teria ele sido o protagonista de tais indiscrições?

36- Amar e Crer

“ Deus em ti ”, publicado em “A Marmota”, n. 911, pp. 2-3, 25 de dezembro de 1857. É ao mesmo tempo um elogio à mulher amada e um argumento pela fé. A beleza e virtudes de sua amada são tantas que atestam a existência do rei da terra.

34- Poesia quase póstuma

“ Amanhã ”, publicado em “A Marmota”, n. 893, p. 4, 23 de outubro de 1857. Prenuncia sua morte, e pede que chorem por ele. Diz que terá péssimas saudades da vida, principalmente de um amor. Diz que as lágrimas dela o consolaram no além túmulo. Chama sua amada de Teresa. Aqui a juventude de nosso poeta se revela ao tentar subornar um amor recusado com sua morte precipitada.

32- Bem me quer?

“ Não? ”, escrito em 25 abril de 1857, publicado em “A Marmota”, n. 882, p. 2, 15 de setembro de 1857 Começa com a típica exaltação da beleza e atributos femininos. Mas não há encontro do casal. O poeta termina pedindo que ela aceite seu amor.

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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