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Mostrando postagens com o rótulo homenagem

130- “Está de luto a cena nacional.”

A morte de João Caetano , publicado em primeiro de setembro de 1863, no Diário do Rio de Janeiro ano XLIII, n.239,p.1. Homenagem pelo falecimento do ator João Caetano. “O nome de João Caetano ficará nos anais do teatro e chegará à memória dos vindouros. Mas é aqui o ponto de maior tristeza. O que é a veneração da posteridade pelos artistas de teatro? As cenas palpitantes, as paixões tumultuárias, as lágrimas espontâneas, os rasgos do gênio, a alma, a vida, o drama, tudo isso acaba com a última noite do ator, com as últimas palmas do público. O que o torna superior acaba nos limites da vida; vai à posteridade o nome e o testemunho dos contemporâneos, nada mais.” É muito bem escrito. <Nesse momento histórico Machado de Assis não podia suspeitar na vindoura invenção dos filmes>.

124- “A tua dor pede vingança e termo;”

O Acordar da Polônia, 15/03/1863, publicado em “O futuro”, ano I, n.13, pp.425-428. É possível achar o texto na hemeroteca digital .     Poesia sobre conflito entre poloneses e russos. Os poloneses lutando pela sua liberdade e independência. O poeta conta uma breve história da Polônia, explica a divisão do território polonês. Fala das guerras e de suas consequências de muitas mortes.

98- “Mas eis que o anjo pálido da morte”

Dois poemas desta vez: “ No Álbum da artista Ludovina Moutinho ”, publicado em “A Primavera”, em 17 março de 1861. “ Sobre a morte de Ludovina Moutinho ”, publicado no “Diário do Rio de Janeiro”, ano XLI, n.165, p.2, em poesia 17 de junho de 1861. Depois é republicado com o título “Elegia” em Crisalidas em 1864. Ambos são homenagens à atriz Ludovina Moutinho, jovem artista conhecida no teatro, que chocou o público carioca com sua morte inesperada. <Nessa época quando pessoas famosas morriam os escritores escreviam e publicavam poemas em sua homenagem, é uma bela tradição que está se perdendo.> <A palavra nova da semana é: esquife. Usado na seguinte passagem: “Se, como outrora, nas florestas virgens,/ Nos fosse dado — o esquife que te encerra(...)”. Significado: “pequena embarcação, ou ainda caixão funerário, modo de transporte de uma vida para outra”. Origem : do Longobardo skif >.

77- Uma cantora

“ A MME. De la Grange ”, publicado no Correio Mercantil, 16 nov. 1859. Poesia em homenagem à cantora de la Grange, mostrando novamente a paixão do autor pela arte e as artistas. É um notável modelo de como fazer uma homenagem para alguém nessa época.

65- Um revolucionário.

“ A um proscrito ”, publicado em “O Espelho”, 18 set. 1859. Retoma o tema de “ A Ch.F., filho de um proscrito ”, é uma homenagem às revoluções, um discurso contras as velhas monarquias. Aqui o autor está fazendo referência direitamente às monarquias europeias, ainda não opinou direitamente sobre a monarquia brasileira, talvez ele considere a brasileira mais moderna por ser constitucional e pela figura de D. Pedro II.

58- César e Napoleão

“ S.Helena ”, publicado em “O Paraíba”, Petrópolis, 22 mai. 1859. Poesia em homenagem ao Sr. Remígio de Sena Pereira. Utiliza temas da Ilíada de Homero para enaltecer a figura homenageada. Depois o comparando a um césar e napoleão.

40- “Morrer, de vida transbordando ainda, ”

“ Álvares d'Azevedo ”, publicado em “A Marmota”, n. 916, p. 3, 12 de janeiro de 1858 É uma homenagem ao poeta Álvares de Azevedo. <Acho impressionante como um jovem poeta como Azevedo tenha uma obra que tenha repercutido tanto em tão pouco tempo que apenas alguns anos após sua morte outro jovem poeta como Machado de Assis já está se inspirando em seus textos. Dá vontade de parar tudo e ler a obra completa de Álvares.>

31- Um jovem triste.

“ Lágrimas ” e “ O meu viver ”, foi encontrado apenas o registro da data de divulgação desses poemas, 1856. Hoje temos dois poemas juntos, pois tratam do mesmo tema e porque não sei precisar suas datas de publicação. Provavelmente foram escritas em conjunto com o poema “ minha mãe ”. Retoma o tema de homenagem à sua mãe, e também o tema de “ saudades ” quando expressou preferir a morte à viver sem sua mãe. Em comparação estes textos são bem mais diretos. Em “lágrimas” chega a “maldizer” sua própria vida. Em “o meu viver” a vida é um martírio. Teria o autor nesse início de sua vida sofrido com depressão?

29- Um órfão

MINHA MÃE , publicado na Marmota Fluminense, n.º 767, 2 set. 1856. A mãe de Machado de Assis morreu quando ele tina apenas nove anos. O texto retrata a tristeza que isso lhe causou o sofrimento, a falta. É uma bonita homenagem. Afirma que trocaria a glória de ser um poeta famoso para tê-la de volta.

24- Ópera

“ à Madame Arsène Charton Demeur ”, publicado no Diário do Rio de Janeiro, 7 fev. 1856, apud Jean-Michel Massa, A Juventude de Machado de Assis, p. 642. Poema de homenagem à Arsèsene Charton Demeur. O poeta se coloca aos pés da homenageada. Pede que não vá embora. E já antecipa a saudade que irá ter da voz da artista.

22- Reverente súdito J. M. M. d’Assis

" Soneto a S.M. O Imperador, o senhor D.Pedro II ", publicado na Marmota Fluminense, n. 654, p. 1, 2 de dezembro de 1855. É como o título diz uma homenagem a D. Pedro II. Quem diria Machado de Assis puxando o saco, ele assina o poema assim: “Pelo seu reverente súdito J. M. M. d’Assis”.

20- Pedido e homenagem

“ O gênio adormecido ”, publicado na Marmota Fluminense, n. 642, pp. 3-4, 28 de outubro de 1855. Homenagem a Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa, e também reclama que ele volte a escrever, por isso estaria adormecido como diz o título.

19- “Lá na etérea imensidade”.

“ Um Anjo ”, escrito em outubro de 1855, publicado na Marmota Fluminense, n.º 702, 1 abr. 1856. É em homenagem à irmã do autor que já havia morrido. Não há muito que comentar, mantém o estilo da época. Uma estrofe sua poderia ser utilizada ainda hoje em uma lápide.

18- A poesia de então.

“ No álbum do Sr. F.G.Braga ”, publicado na Marmota Fluminense, n. 634, pp. 3-4, 9 de outubro de 1855. É uma homenagem a F.G. Braga amigo e colaborador da Marmota, e fala de sua obra, e da poesias em geral, que é um bom resumo do romantismo brasileiro que chora os amores e a pátria. Também fala da poesia clássica de Camões.

4- A primeira Saudade ?

“Saudades”, escrito em 25 de fevereiro de 1855. Publicado na Marmota Fluminense, n. 578, p. 4, 1 de maio de 1855. Existem duas poesias atribuídas a Machado de Assis com esse nome. Uma que pode ser lida neste trabalho onde foi transcrita, ou na hemeroteca digital , é em homenagem à F. G. Braga . A outra poesia é sobre a perda da mãe do poeta, e a dor que isso lhe causa. A morte aqui é tratada como alternativa de uma vida sofrida. Assim pede a morte enquanto jovem, aquela dos poetas românticos. Este comentário foi retificado como pode explicar esta nota .

1- Quem é a ilustríssima senhora D.P.J.A. (Petronilha)?

Conforme uma rápida pesquisa na internet pode revelar a primeira publicação conhecida de Machado de Assis é “À ILMA. SRA. D.P.J.A” de 1854, que pode ser lido hoje na coleção Poesias Dispersas ou até vizualizada em impressionantes digitalizações da Hemeroteca Digital Brasileira do periódico dos pobres , Número 103, página 4 do dia 3 de outubro de 1854. Da leitura rápida do soneto, a questão que fica é: quem é a SRA. D.P.J.A.? Na minha rápida pesquisa não encontrei resposta. O poema informa que se trata de uma senhora virtuosa e graciosa, que tem muitas qualidades, que é casada(ou ainda noiva) que tem mãe ainda viva e por fim é por ele chamada de Petronilha. O autor da poesia contava com 15 anos de idade. Então para quem o jovem Joaquim dedicaria essa poesia, e mais do que isso, para quem se disporia a publicá-la para que todos vissem, e principalmente para que a elogiada pudesse ver a prova de sua declaração? Poderia ser uma paixão adolescente? Ou seria para um...

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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