Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo mulher amada

128- “Nem o arrulho enternecido”

“Sinhá”, publicado no dia quinze de abril de 1863 em “O futuro”, ano I, n.15, p.495. A publicação original pode ser localizado na  hemeroteca digital, posteriormente foi publicado em “Crisalidas”     No jornal em que foi originalmente publicado está a indicação de que foi escrito em 1862. Poesia de idealização da mulher amada, com controverso elogio ao barulho dos pombos.

97- “Na embriaguez da cisma”

“ Lúcia ”, escrito em 1860, publicado em “Crisálidas”, em 1864. Mais uma vez retoma o tema de ter a idade de quinze anos . Narra o encontro de dois jovens de quinze anos, um deles canta, o outro observa. Compara a cantora à Desdemona, da peça Otelo de Shakespeare, e depois à Margaria do Fausto de Goethe. Ela agora já está morta, o poeta canta sua saudade. <A palavra nova da semana é: infante. Usado na seguinte passagem: “(...) Nascidos do ar, que ele respira — o infante?(...)”. Significado: “criança, filho”. Origem : do latim infans>.

84- “Foras um sonho que eu tive, (...)”

“ Ícaro ”, escrito em 1859, publicado no Correio Mercantil em 9 de janeiro de 1860.     O poeta volta a refletir sobre o amor e seus efeitos. Sobre as exigências que ele faz. Sobre as necessidades que cria. O eu lírico quer mais de sua amada, quer que ela o ame na mesma medida que ele. E quando ele não é correspondido recusa a piedade de um amor machucado.     <Em um dos versos se lê: “quebrado a teus pés, quebrado”, que exagerado.>

79- As travessuras machadianas

“ Travessa ” publicado em “O Espelho”, 18 dezembro 1859. O poeta declara seu amor, sua paixão por uma mulher desconhecida de nós, deposita nela sua carência por mais esperança e por um mundo sem medo. Nada se compara ao sentimento que ela lhe desperta. Com ela o amor se concretiza. E para ela entrega sua vida.

56- Fogo

“ Condão ” publicado no Correio Mercantil, 28 mar. 1859. Discorre sobre o momento em que começa a paixão e os extremos sentimentos que causa. Utiliza a imagem da mariposa atraída a um fogo intenso que aceita se queimar.

38- “Meu coração? já morreu / Para ti e teus amores, ”

“ Vai-te ”, escrito em 1 janeiro de 1858, publicado em “A Marmota”, n. 920, p. 4, 26 de janeiro de 1858. Um amor que acaba e Machado nesse poema confirma seu fim e pede para a ex-amada não mais procurá-lo. <Acho interessante comparar com os dias de hoje em que as pessoas escrevem em redes sociais seus sentimentos cotidianos e o que estão pensando. Em 1858, Machado mostra que as pessoas de sua época faziam a mesma coisa, apenas escreviam na forma regrada das poesias rimadas e metrificadas.> <Hoje para publicar seus escritos basta uma conexão à rede, antes era preciso o papel, um jornal, eram poucos os que podiam se abrir ao escrutínio da publicação. Havia uma avaliação do texto antes de ele ser publicado, hoje qualquer coisa escrita pode alcançar o mundo inteiro sem nem uma segunda lida do seu autor.>

36- Amar e Crer

“ Deus em ti ”, publicado em “A Marmota”, n. 911, pp. 2-3, 25 de dezembro de 1857. É ao mesmo tempo um elogio à mulher amada e um argumento pela fé. A beleza e virtudes de sua amada são tantas que atestam a existência do rei da terra.

34- Poesia quase póstuma

“ Amanhã ”, publicado em “A Marmota”, n. 893, p. 4, 23 de outubro de 1857. Prenuncia sua morte, e pede que chorem por ele. Diz que terá péssimas saudades da vida, principalmente de um amor. Diz que as lágrimas dela o consolaram no além túmulo. Chama sua amada de Teresa. Aqui a juventude de nosso poeta se revela ao tentar subornar um amor recusado com sua morte precipitada.

32- Bem me quer?

“ Não? ”, escrito em 25 abril de 1857, publicado em “A Marmota”, n. 882, p. 2, 15 de setembro de 1857 Começa com a típica exaltação da beleza e atributos femininos. Mas não há encontro do casal. O poeta termina pedindo que ela aceite seu amor.

14- “ Sou triste que a vida consiste em te amar. ”

“ Paródia ”, escrito em 5 de agosto, publicado na Marmota Fluminense, n. 611, p. 4, 14 de agosto de 1855. Várias comparações, rimas, repetições de ideias de tentativa de agradar a mulher amada. Mas o Final me surpreendeu, pode ler-se apenas os dois versos iniciais e depois pular para a estrofe final, lá o poeta nega as comparações, e se assume um triste que ama. Recomenda-se apenas esses seis versos. Como já disse não sou especialista em literatura muito menos em poesia, talvez por isso tenha me comovido, talvez apenas descobri mais um lugar comum, ou apenas ressoou em mim. E aí então deve se analisar o título: “paródia”, o iniciante escritor já está parodiando o romantismo, mas não que isso queira dizer que ele esteja diminuindo o romantismo.

13- um beijo

“ Um sorriso ”, escrito em 4 agosto de 1855, publicado na “Marmota Fluminense”, n. 610, p. 2, 12 de agosto de 1855 É obviamente sobre um sorriso, um sorriso idealizado, que cura dores. O jovem Machado provavelmente estava passando por uma desilusão amorosa. A maioria dos textos até aqui abordam essa dor, e como ele convive com ela, mas aqui a amada não está tão longe e acontece um beijo. Assim marca a primeira concretização desse amor nascido de desilusões passadas. É possível imaginar a poesia sendo lida em frente da mulher amada esperando nela a concretização das palavras.

12- “Com ternura(...) com afeto”

“Como te amo”, escrito em 1 ago, 1855, publicado na “Marmota Fluminense”, n. 610, p. 2, 12 de agosto de 1855.Pode ser lida neste trabalho onde foi transcrita. O poeta se compara a objetos, animais, e seus respectivos focos de paixão com a sua amada e como ele a ama. Continua a temática das suas outras poesias e nestas partes nenhuma novidade. Poderia ser a letra de uma música romântica moderna, salvo o uso de algumas palavras pouco conhecidas.

9- Em voz Alta

Teu Canto , escrito em em 29 junho 1855, publicado na Marmota Fluminense, n.º 600, 15 jul. 1855.  Descrever a paixão por alguém, inúmeras vezes, era a arte da poesia da época. Mudava-se as rimas, o número de sílabas dos versos e as imagens metafóricas da beleza da amada e da força do sentimento. Esta obra, comparadas com as outras até então lidas, tem uma estrutura diferente, não contendo todos os versos o mesmo número de sílabas. São dois versos maiores seguidos de dois menores, num total de oito vezes. Dita em voz alta soa muito bem e poderia dar uma bela melodia. Se no conteúdo não inova, nem muito na estrutura, dá prazer à língua dizê-la.

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
-- Ver todas