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47- “(POETA) O sonho é como um feto que se aborta,(...) (MUSA) Sofrer, qu’importa? — Vem! Morrem as dores/ Da solidão nos recônditos mistérios!”

“ A missão do Poeta ”, publicado em vinte de outubro de 1858 em “O universo ilustrado, pittoresco e monumental”, Rio de Janeiro, ano 1, n. 29, p.3-4. Fugindo do comum, apresenta um diálogo entre a Musa e o Poeta. A Musa chama o poeta para sonhar. O Poeta reluta em aceitar, se pergunta se não é tudo ilusão. A Musa diz que o poeta não pode desistir que tem uma missão de cantar. <É lendo versos como este que percebo como o romantismo é ainda muito influente, como canta crises de sentimentos que ainda gostamos de enfrentar. Bom exemplo disso é o poetinha muito tempo depois escrever “e no entando é preciso cantar...”>

23- “A Musa, que inspira meus cantos é livre, /Detesta os preceitos da vil opressão,”

“ Minha Musa ”, escrito em 22 de fevereiro  de 1856, publicado na Marmota Fluminense, n.º 690, 4 mar. 1856. Minha Musa, é um poema que resume as várias inclinações do poeta: de cantar seus amores, seus sofrimentos, sua crença, seu patriotismo e a liberdade, enfim todas as fases do romantismo brasileiro. O poeta agradece sua musa por lhe inspirar a cantar sobre esses temas. Qual poeta não cantou sua musa? Certamente Machado de Assis não ficaria de fora.

18- A poesia de então.

“ No álbum do Sr. F.G.Braga ”, publicado na Marmota Fluminense, n. 634, pp. 3-4, 9 de outubro de 1855. É uma homenagem a F.G. Braga amigo e colaborador da Marmota, e fala de sua obra, e da poesias em geral, que é um bom resumo do romantismo brasileiro que chora os amores e a pátria. Também fala da poesia clássica de Camões.

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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