Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo o ano de

136.5- O ano de 1863

      Em 1863 Machado de Assis volta com várias poesias, talvez já preparando a coleção de poesias que irá publicar em 1864. E de fato inaugura o ano de 1863 com uma poesia tipicamente romântica .     Neste ano firma sua posição como cronista no jornal “ O Futuro ”, com publicações quase semanais.     Também neste ano continua sua proximidade com o teatro .     Ainda em janeiro de 1863 publica um hino patriótico que fala de liberdade e da luta para “rejeitar o grilhão servil”.     O Dr. Semana volta a publicar oferecendo serviços de “ requerimentos para a soltura de pretos fugidos, e para a emancipação de africanos livres. ”     Em 15/03/1863 comenta em poesia a guerra entre Polônia e a Rússia , lendo hoje impossível não pensar na atual guerra na Ucrânia.     Escreve algumas linhas em que menospreza as mulheres , talvez indício de uma corte malsucedida de sua própria parte . ...

118.5- O ano de 1862

    Machado de Assis em 1862 já contava com 23 anos de idade já não é mais um menino, suas responsabilidades aumentam. Talvez por isso as poesias diminuem, ou talvez simplesmente as tivesse guardando para a publicação de seu primeiro livro de poesias alguns anos mais tarde.     Continua o crítico, o cronista, até comenta direitos dos trabalhadores . E continua a acompanhar o teatro do Rio de Janeiro.     Retorna com o Dr. Semana agora com suas preleções de gramática .     E como dramaturgo estreia a engraçada peça “ Quase Ministro ”.     É um ano de continuações e de amadurecimento na sua profissão de escritor.   Desse anos recomenda-se a leitura de o “ País das Quimeras ” e da poesia “ Aspiração ”.

104.5- O ano de 1861

O ano de 1861 comprova que em muitos textos de Machado de Assis ele usava pseudônimos, neste caso Gil . O que levanta ainda mais a possibilidade de haver outros textos ainda não descobertos da autoria dele, creditados a pseudônimo desconhecido. Neste ano continuam as poesias , algumas críticas de teatro, comentários sobre a política da época, e também inaugura-se a coluna do Dr. Semana , que se mostra bem interessante. Segue ainda na pena de dramaturgo , com mais um triângulo amoroso. De forma que o escritor continua produzindo textos das diversas modalidades, não abandona nenhum estilo e se aprimora em todos.

97.5- O ano de 1860

O ano de 1860 é mais um ano de mistérios, Machado de Assis tem uma publicação bem menor neste ano comparado ao ano de 1859. Teria escrito sob um pseudônimo? Teriam simplesmente as suas publicações deste ano sumido? Ou teria se dedicado a outras tarefas dentro dos jornais em que colaborava ? Há uma infinidade de possibilidades, os escritos que deixa não nos ajudam a saber ao certo. Em 1859 temos inúmeras críticas teatrais, em 1860 temos apenas três, teria o autor sido despedido? Ou apenas se cansara e tirava um repouso da pena de crítico? Deve-se destacar um texto deste ano: “ Odisséia dos Vinte Anos ”, a primeira tentativa de Machado de compor uma cena de teatro, o que levanta uma possível explicação para as questões aqui levantadas: para ser dramaturgo teria que encerrar sua carreira de crítico.

85.5- O ano de 1859

O ano de 1859 mostra-se um período de transição há ainda muita poesia, mas a prosa se mostra tão frequente quanto. Inicia-se uma nova carreira a de crítico de teatro . Ele já havia revelado seu interesse pela arte dramática em poesias , mas é em 1859 que estreia na tarefa de analisar as peças apresentadas ao público carioca. O jovem Machado de Assis se torna uma presença constante nas plateias dos diversos teatros da cidade. Com estes textos começa a sua conversa direta com os leitores e nos apresenta indiretamente um pouco do cotidiano das pessoas que iam ao teatro. O autor conhece, quase sempre de antemão, as peças apresentadas, os diretores, os atores e atrizes. É um crítico direto não fazendo uso de hipérboles ou eufemismos, quando gosta elogia e quando não lhe agrada aponta os erros. <É incrível imaginar hoje ir ao teatro toda semana, ou mais de uma vez por semana, quando muito vamos ao teatro apenas uma vez por ano. Machado vai ao teatro como nós vamos ao cinema. De fato, s...

52.5- O ano de 1858

    Como vimos em 1857 o poeta estava desolado pelos caprichos do amor e como qualquer boa paixão sua saudade teima em o assombrar. No começo do ano o poeta grita um “ vai-te ” tentando superá-la.     E de certo modo essa superação transparece na obra em que Machado de Assis estreia no estilo dos contos com uma história de infidelidade. Tema que vai usar repetidas vezes durante sua obra, talvez para exorcizar sua própria dor.     Neste ano de 1858 Machado mostra-se não apenas conhecedor dos clássicos da literatura mas também da poesia mais moderna brasileira, homenageando um dos seus jovens expoentes: Álvares de Azevedo .     Mas a obra que destaco é a “ A missão do poeta ”, nela Machado confessa os conflitos do amante da arte, das dificuldades de ser um artista e ao mesmo tempo a necessidade de ser um artista.     Enfim, em 1858, nosso ainda jovem escritor passar a ser uma figura comum nos jornais carioca ...

37.5- O ano de 1857

Uma dúvida que paira sempre que venho escrever aqui é se eu não estou pulando alguma obra, será que pulei alguma página das listas de obras de Machado de Assis, ou será que existe alguma obra inédita guardada em alguma baú, ou será que existe algum pseudônimo dele que não conhecemos com que tenha assinado várias obras? Digo isso pois o ano de 1857 é deveras curto; apenas seis poesias, sendo que uma delas foi publicada em 1858. Mas se de fato ele apenas escreveu esses seis poemas o que teria acontecido para ter diminuído tanto sua produção comparado com os anos de 1855 e 1856? O conteúdo dessas poesias nos dá uma resposta: o jovem poeta estava apaixonado e não teve seu amor correspondido. Nesse estado de espírito, implorou por amor , prenunciou sua morte , tudo isso o teria desanimado a escrever, apenas voltando ao papel para falar de seu amor. Desse ano destaco a poesia o sofá , que embora ainda trate da temática amorosa muda o foco de participante para a de observador.

31.5- O ano de 1856

A religião é talvez um aspecto pouco comentado quando se fala de Machado, neste ano algumas obras dele nos revelam um crente, uma pessoa devotada, uma admiração aos profetas bíblicos e principalmente à paixão de Cristo, lhe dedicando uns bons versos na semana santa de 1856 . Das obras desse ano destaco “ Minha Musa ” que tem os excelentes versos: “A Musa, que inspira meus cantos é livre, /Detesta os preceitos da vil opressão,”. Machado neste ano revela sua paixão pela arte dramática, pelo espetáculo tanto nas óperas como nos teatros. Gostava de assisti-las e discuti-las. Assim o jovem escritor começa participar mais ativamente do mundo artístico, conhecendo outros escritores, poetas, artistas e confraternizando com eles, sendo, nessas ocasiões, introduzido aos esfeitos do “ Cognac!... ”. Mas a poesia não domina tudo e abre espaço para a prosa em texto de crítica e reflexão sobre a poesia , o teatro e a religião . O ano de 1856 foi então um ano de grandes novidades e novas exp...

27.5- O ano de 1855

Antes de começar uma breve introdução. De todos os escritores brasileiros suponho que o mais estudado e analisado tenha sido Machado de Assis, assim qualquer tentativa de biografia e análise está fadada a ser uma repetição. Em busca de um pouco de novidade decidi que estes textos focarão mais nas obras do que nos fatos, deixarei as obras contarem a vida do poeta. Se quiserem os fatos podem achá-los nas enciclopédias. Vou falar da vida de Machado de Assis interpretando sua obra, o que tem a vantagem de ser diferente mais a desvantagem de poder ser totalmente fictício. Assim estou lendo toda a sua obra, que está acessível, em ordem cronológica e ao final de cada ano de textos farei uma análise do ano, imaginando como estaria a vida do autor. A primeira obra pública de Machado de Assis é de 1854, mas por ser a única desse ano decidi já emendar com o ano de 1855. Vamos começar. É possível imaginar como o poeta era jovem ao ler algumas dessas poesias de 1855. Aliás se estiver...

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
-- Ver todas