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Mostrando postagens com o rótulo crítica

132- “Viajar é multiplicar a vida”

 Crítica “Peregrinação pela província de S. Paulo , por A. E. Zaluar” (1863 ), publicado originalmente no Diário do Rio de Janeiro, em 16/11/ 1863. Machado de Assis louva o prazer de viajar, mas diz que é preciso ser poeta para aproveitar bem a viagem. O que é o caso no livro “Peregrinação pela província de S. Paulo , por A. E. Zaluar”, o qual é estruturado em uma coleção de cartas dos lugares visitados. É uma resenha bem completa do que se pode esperar no livro. Faz elogio ao livro e de fato dá vontade de ler o livro após a leitura dessa crítica.

129- “(…) é uma obra de consciência e de coragem, digna e honrosa, é certo, mas nem por isso fácil de empreender.”

Crítica a “A Constituinte perante a História” de Homem de Mello e “Sombras e Luz” de B. Pinheiro – (1863) , publicado originalmente no Diário do Rio de Janeiro, 24/08/ 1863.     O escritor começa esse texto lamentando que o folhetim perdeu seus leitores. E depois começa a crítica ao livro de Homem de Melo, trata-se de um livro de investigações histórico políticas, que merece louvores.     Também comenta o livro “Sombras e Luz” de B. Pinheiro, diz que é um livro que merece a atenção dos escritores     Trata ainda da estreia do ator português César de Lacerda na peça “Cinismo, ceticismo e crença” dizendo que suas impressões foram das melhores.

126- Sensibilidade X Suscetibilidade

Revelações , de A. E. Zaluar (1863) , publicado originalmente no Diário do Rio de Janeiro, 30 de março de 1863.     Crítica ao livro de Poesias de Augusto Emílio Zaluar. Machado de Assis já começa tecendo elogios ao autor da obra. Explica que há duas classes de poetas os que exprimem a sensibilidade verdadeira e os que exprimem uma suscetibilidade calculada. Para Machado Zaluar exprime essa sensibilidade na sua poesia.

109- Queixa

Carta ao Sr. Bispo do Rio de Janeiro , Publicado originalmente em Jornal do Povo, Rio de Janeiro, 18/04/1862. É uma carta endereçada ao Bispo, uma queixa. Critica a situação da igreja, seu clero e suas práticas. Diz que geralmente as festas religiosas brasileiras “São festas de folga, enfeitadas e confeitadas, falando muito aos olhos e nada ao coração.” Diz ainda: “As queixas são constantes e clamorosas contra o clero; eu não faço mais que reuni-las e enunciá-las por escrito.” (…) “Desacreditada a religião, abala-se essa grande base da moral, e onde irá parar esta sociedade?”

108- Pareceres de Machado de Assis a Diversas Peças Teatrais

Pareceres de Machado de Assis a Diversas Peças Teatrais Não tenho informação completa desses textos, parece que são apenas manuscritos talvez cartas pessoais, existe apenas a informação da data em que foram escritos: 16/03/1862, 20/03/1862, 08/04/1862, 09/05/1862, 11/06/1862, 15/06/1862, 20/07/1862, 30/07/1862, 27/10/1862 e 24/11/1862. Se alguém souber o contexto em que foram escritos favor nos informar. Várias críticas de peças teatrais encenadas em 1862, Machado de Assis não poupa críticas ao teatro que não lhe agrada: Em, 16/03/1862, comenta sobre Clermont ou A mulher do artista, peça traduzida do francês,“(…) é uma dessas banalidades literárias que constituem por aí o repertório quase exclusivo dos nossos teatros” e ainda fala mais “(…) e onde nada existe do que pode constituir um drama.” Em 20/03/1862, sobre comédia Finalmente, em um ato, de Antonio Moutinho de Sousa, peça adaptada à cena nacional, Machado de Assis a aprova dizendo: “(…)  cumpre-me dirigir ao Sr. Mout...

107- “Uma boa gramática é um alto serviço a uma língua e a um país.”

Compêndio da Gramática Portuguesa, por Vergueiro e Pertence. — À memória de Pedro V, por Castilhos, Antônio e José — Memória acerca da 2ª égloga de Virgílio, por Castilho José — Mãe, drama do sr. conselheiro José de Alencar. — Desgosto pela política . Publicado originalmente no Diário do Rio de Janeiro em 22/02/1862. Resenha do “Compêndio da Gramática Portuguesa”, do srs. Vergueiro e Pertence. Machado enaltece essa obra e sua utilidade. Também dá notícia e comenta as obras recém publicadas: “Monumento” dos Srs. Castilhos, Antônio e José; “Memoŕia” também do sr. Castilho José e“Mãe” de José de Alencar.

68- “(...) a arte divorciou-se do público.”

“ Idéias sobre o teatro ”, publicado originalmente em O Espelho,I, 25 de set.; II, 02 de out.; 25 de dez. de 1859. Fala sobre a situação do teatro e seus artistas no Brasil. Em resumo explica os muitos problemas que a atingem os artistas e a plateia, diz que ambas classes precisam ser educadas. Machado explica que o teatro não é apenas passatempo, pois tem uma missão moralizadora. E nesse sentido o governo não toma nenhuma atitude e limita-se ao apoio material. Também reclama que o teatro do Brasil não tem nenhum cunho local, repete estrangeirismo. O teatro precisaria representar a verdade nacional. E ainda escreve que: “(...) imitamos as frivolidades estrangeiras, e não aceitamos os seus dogmas de arte?”.

45- Discutindo a literatura nacional.

“ O passado, o presente e o futuro da literatura ”, publicado em “A Marmota”, n. 941 (pp. 1-2) e 945 (pp. 1-2), 9 e 23 de abril de 1858.  O texto é dividido em três partes. Na primeira, Machado fala de como a literatura é usada na política e em movimentos revolucionários, para defesa de ideais como a liberdade. Diz que no Brasil na época colonial a literatura local imitava a europeia e não tinha um cunho nacional, salvo algumas poucas exceções. Ainda nessa parte Machado escreve “(...) a poesia indígena, bárbara, a poesia do boré e do tupã, não é a poesia nacional. O que temos nós com essa raça, com esses primitivos habitadores do país, se os seus costumes não são a face característica da nossa sociedade?”, o que reflete bem o pensamento da época sobre a cultura indígena do Brasil. Na segunda pate, fala da independência de1822. Elogia D. Pedro I por ter escolhido o Brasil. Mas, diz que a independência literária é mais difícil que a política. Na última parte, comenta que falt...

30- “(...)e se quando penetrastes naquele retiro, levastes o ceticismo no coração, trareis, no sair dele a crença e a fé, (...)”

“Idéias Vagas – Os Contemporâneos – Mont’Alverne” publicado na Marmota Fluminense, n. 768, pp. 1-2, 4 de setembro de 1856, pode ser lido neste  trabalho onde foi transcrito. O texto tem duas partes na primeira ilustrando a luta entre o bem o mal, a virtude e o vício. Fala das dificuldade de seguir o caminho do bem e das tentações do caminho do mal. Na segunda parte fala da importância dos pregadores da fé como o frei franciscano Francisco de Monte Alverne, célebre orador daquele período. O título deixa uma promessa não cumprida, seria uma série de texto sobre alguns “contemporâneos”, mas que acabou sendo um texto único.

28- O Teatro

“Idéias Vagas – A Comédia Moderna” publicado na Marmota Fluminense, n. 753, pp. 1-2, 31 de julho de 1856, pode ser lido neste  trabalho onde foi transcrito. Elogia o teatro como medida para saber o grau de civilização de um povo. Explica que o teatro mostra todas as faces da sociedade: as mais virtuosas e as mais viciosas. E ressalta as lições de moral que se pode ter no teatro. É um texto bem exaltado de quem é claramente um amante do teatro. Mas reclama do fato da comédia moderna não ser tão bem apreciada no Brasil. Novamente finaliza com uma desculpa por suas ideias estarem um pouco “vagas” e justifica isso por estar com pressa. Há aqui um indício do interesse do nosso jovem autor de futuramente retratar ele também os vícios da sociedade como ele os via retratados no teatro.

27- “(...)vigílias e meditações(...) ”

“Idéias Vagas – A Poesia”, publicado na Marmota Fluminense, n. 731, pp. 2-3, 10 de junho de 1856, pode ser lido neste  trabalho onde foi transcrito. É o primeiro texto que Machado de Assis publica em prosa. É um comentário sobre a poesia em geral. Mas apesar de ser escrito em prosa tem um linguagem poética, cheio de metáforas sobre o que é a poesia. Depois trata da sua origem na Grécia. Explica que escrever uma poesia é tarefa que toma bastante tempo, “(...)vigílias e meditações(...) ”. Cita os trágicos fins de Homero e Camões para falar que a poesia e seus poetas não são valorizados. Finaliza de forma humilde, pedindo perdão pela fraca linguagem de um jovem que está iniciando seus caminhos de escritor.

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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