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15- Mais que nostalgia

"A saudade", escrito em 1 setembro de 1855, publicado na Marmota Fluminense, n. 632, p. 3, 5 de outubro de 1855. 

É a terceira vez que Machado de Assis usa essa palavra como título para um poema. O poema tem três partes, na primeira é quase uma prosa descrevendo a saudade e os sentimentos que traz. Na segunda parte há rimas, versos menores, um apelo, uma invocação da saudade, que tem carinhos e espinhos. Na terceira parte volta ao passo da primeira, prevendo esperança.
É corrente a noção que a palavra “saudade” é particular ao português, que não tem tradução, que é mais que uma simples nostalgia. Com suas poesias Machado pode ser usado como argumento dessa tese.

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Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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