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31.5- O ano de 1856

A religião é talvez um aspecto pouco comentado quando se fala de Machado, neste ano algumas obras dele nos revelam um crente, uma pessoa devotada, uma admiração aos profetas bíblicos e principalmente à paixão de Cristo, lhe dedicando uns bons versos na semana santa de 1856.
Das obras desse ano destaco “Minha Musa” que tem os excelentes versos: “A Musa, que inspira meus cantos é livre, /Detesta os preceitos da vil opressão,”.
Machado neste ano revela sua paixão pela arte dramática, pelo espetáculo tanto nas óperas como nos teatros. Gostava de assisti-las e discuti-las.
Assim o jovem escritor começa participar mais ativamente do mundo artístico, conhecendo outros escritores, poetas, artistas e confraternizando com eles, sendo, nessas ocasiões, introduzido aos esfeitos do “Cognac!...”.
Mas a poesia não domina tudo e abre espaço para a prosa em texto de crítica e reflexão sobre a poesia, o teatro e a religião.
O ano de 1856 foi então um ano de grandes novidades e novas experiências para Machado de Assis, entretanto, como acontece muitas vezes em nossas vidas, foi acompanhado de grande tristeza e memórias de tragédias do passado.

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Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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