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37.5- O ano de 1857

Uma dúvida que paira sempre que venho escrever aqui é se eu não estou pulando alguma obra, será que pulei alguma página das listas de obras de Machado de Assis, ou será que existe alguma obra inédita guardada em alguma baú, ou será que existe algum pseudônimo dele que não conhecemos com que tenha assinado várias obras? Digo isso pois o ano de 1857 é deveras curto; apenas seis poesias, sendo que uma delas foi publicada em 1858.
Mas se de fato ele apenas escreveu esses seis poemas o que teria acontecido para ter diminuído tanto sua produção comparado com os anos de 1855 e 1856?
O conteúdo dessas poesias nos dá uma resposta: o jovem poeta estava apaixonado e não teve seu amor correspondido. Nesse estado de espírito, implorou por amor, prenunciou sua morte, tudo isso o teria desanimado a escrever, apenas voltando ao papel para falar de seu amor.
Desse ano destaco a poesia o sofá, que embora ainda trate da temática amorosa muda o foco de participante para a de observador.

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Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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