“O passado, o presente e o futuro da literatura”, publicado em “A Marmota”, n. 941 (pp. 1-2) e 945 (pp. 1-2), 9 e 23 de abril de 1858.
O texto é dividido em três partes. Na primeira, Machado fala de como a literatura é usada na política e em movimentos revolucionários, para defesa de ideais como a liberdade. Diz que no Brasil na época colonial a literatura local imitava a europeia e não tinha um cunho nacional, salvo algumas poucas exceções.
Ainda nessa parte Machado escreve “(...) a poesia indígena, bárbara, a poesia do boré e do tupã, não é a poesia nacional. O que temos nós com essa raça, com esses primitivos habitadores do país, se os seus costumes não são a face característica da nossa sociedade?”, o que reflete bem o pensamento da época sobre a cultura indígena do Brasil.
Na segunda pate, fala da independência de1822. Elogia D. Pedro I por ter escolhido o Brasil. Mas, diz que a independência literária é mais difícil que a política.
Na última parte, comenta que falta ainda muito desenvolvimento para a literatura, que o romance e o drama são praticamente inexistentes no Brasil. Diz que apenas estamos imitando a cultura francesa. Justifica que isso não é culpa do povo que geralmente gosta do que é nacional, e explica que a culpa é das empresas e das direções, por isso propõe incentivos fiscais para os autores nacionais.
<É um texto com várias polêmicas, Machado se mostra um nacionalista, mas não explica o que seria a nacionalidade brasileira. Ele apenas explica o que não é brasileiro: não é brasileiro a imitação do francês; e na sua opinião, pelo menos dessa época, não deve ser buscada nenhuma brasilidade nos povos indígenas do Brasil, o que é exatamente o contrário do que autores da primeira fase do romantismo brasileiro fizeram (o Guarani, por exemplo tinha sido publicado em 1857, talvez Machado ainda não o tivesse lido). No final do texto muda o assunto para um tema que ainda é atual: o incentivo fiscal para artistas nacionais, o que mostra sua preocupação com os artistas em geral e o seu próprio futuro.>
Ainda nessa parte Machado escreve “(...) a poesia indígena, bárbara, a poesia do boré e do tupã, não é a poesia nacional. O que temos nós com essa raça, com esses primitivos habitadores do país, se os seus costumes não são a face característica da nossa sociedade?”, o que reflete bem o pensamento da época sobre a cultura indígena do Brasil.
Na segunda pate, fala da independência de1822. Elogia D. Pedro I por ter escolhido o Brasil. Mas, diz que a independência literária é mais difícil que a política.
Na última parte, comenta que falta ainda muito desenvolvimento para a literatura, que o romance e o drama são praticamente inexistentes no Brasil. Diz que apenas estamos imitando a cultura francesa. Justifica que isso não é culpa do povo que geralmente gosta do que é nacional, e explica que a culpa é das empresas e das direções, por isso propõe incentivos fiscais para os autores nacionais.
<É um texto com várias polêmicas, Machado se mostra um nacionalista, mas não explica o que seria a nacionalidade brasileira. Ele apenas explica o que não é brasileiro: não é brasileiro a imitação do francês; e na sua opinião, pelo menos dessa época, não deve ser buscada nenhuma brasilidade nos povos indígenas do Brasil, o que é exatamente o contrário do que autores da primeira fase do romantismo brasileiro fizeram (o Guarani, por exemplo tinha sido publicado em 1857, talvez Machado ainda não o tivesse lido). No final do texto muda o assunto para um tema que ainda é atual: o incentivo fiscal para artistas nacionais, o que mostra sua preocupação com os artistas em geral e o seu próprio futuro.>
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