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52- As novas tecnologias.

O jornal e o livro”, publicado originalmente no Correio Mercantil, Rio de Janeiro, 10 e 12/01/1859.

O Texto é dedicado à Manuel Antônio de Almeida. Ele tem duas partes, na primeira, afirma que vai tratar de um assunto sobre o qual já tratou em versos. Que poesia é essa? Talvez a “missão do poeta”?
O texto prossegue com uma longa introdução. Defende a Revolução Francesa, a democracia e a república.
Só depois de alguns parágrafos entra no tópico: o jornal acabará com o livro?
Faz toda uma evolução histórica sobre o livro. Compara a invenção da imprensa com o fogo de prometeu.
Na segunda parte, defende a importância do jornal por gerar discussão ser dinâmico, enquanto que o livro fica parado no tempo e não está em movimento.
Fala de várias vantagens do jornal, uma delas é que ele dá trabalho fixo ao homem das letras.
Ele termina dizendo que não defende o fim do livro apenas está explicando a maior importância que o jornal tem.
Na época de Machado escreveu esse texto a discussão tinha relevância já que o jornal precisava crescer muito no Brasil e é isso o que Machado de Assis está querendo com a sua defesa.
Já lendo o texto com os olhos de hoje é incrível perceber como a discussão sobre uma forma de comunicação suplantar outra é antiga. Só não sabia que havia essa discussão entre o jornal e o livro, conhecia a disputa entre o rádio e a televisão, entre o livro físico e o livro digital. Discussões que não levam a lugar nenhum no mundo de hoje.
Hoje as tecnologias se renovam a cada dia, mas o que não muda é a grande invenção do homem, as letras, os códigos linguísticos.

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Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
-- Ver todas