Pular para o conteúdo principal

52.5- O ano de 1858

    Como vimos em 1857 o poeta estava desolado pelos caprichos do amor e como qualquer boa paixão sua saudade teima em o assombrar. No começo do ano o poeta grita um “vai-te” tentando superá-la.
    E de certo modo essa superação transparece na obra em que Machado de Assis estreia no estilo dos contos com uma história de infidelidade. Tema que vai usar repetidas vezes durante sua obra, talvez para exorcizar sua própria dor.
    Neste ano de 1858 Machado mostra-se não apenas conhecedor dos clássicos da literatura mas também da poesia mais moderna brasileira, homenageando um dos seus jovens expoentes: Álvares de Azevedo.
    Mas a obra que destaco é a “A missão do poeta”, nela Machado confessa os conflitos do amante da arte, das dificuldades de ser um artista e ao mesmo tempo a necessidade de ser um artista.
    Enfim, em 1858, nosso ainda jovem escritor passar a ser uma figura comum nos jornais carioca publica várias poesias e começa a tomar gosto por escrever em prosa.

Comentários

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
-- Ver todas