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70- “Talvez não me conheçam, mas é fácil; um cronista é reconhecido entre um povo de cabeças. Eu então cheiro a folhetim a duas léguas de distância.”

Crítica, Revista dos teatros publicado em 2, 9 e 16 de outubro de 1859.

O primeiro texto publicado no dia 2, comenta “Luiz” de Ernesto Cibrão, e lhe tece grandes elogios, e diz que essa também foi a opinião do público. Depois fala de “Um Bernardo em dois volumes”, uma comédia de Novaes, que fez o publico rir bastante. Ainda na semana foi ver a apresentação da Sra. de Lagrange em “Lombardos”, que apesar da boa cantora não sustentou um bom público. Em digressão diz que gostaria de escrever um livro curioso chamado “Os fastos do teatro Lírico”. Também comenta que no teatro São Pedro houve a apresentação do drama “Jocelin”. E mudando de assunto anuncia o renascimento da Ópera Nacional, sob a direção do Sr. D. José Amat, diz que as leitoras podem encontrá-lo na plateia podendo ser reconhecido facilmente por cheirar a folhetim.
O segundo texto publicado no dia 9, começa pedindo perdão à leitora pelas “linhas magras”, comenta rapidamente a apresentação das peças “Meu nariz, meus olhos, minha boca”, “Nova Castro” e “Minha sobrinha e meu urso”.
O terceiro texto, publicado em “O Espelho” do dia 16, comenta algumas estreias de teatro. Comenta a apresentação da peça francesa “As mulheres terríveis”, o drama “Probidade”, “Ovos de ouro” e ainda “Suzana”. Afirma que geralmente desgosta dos monólogos, que os acha sonolentos.

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Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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