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74- De serões, teatro e ópera.

Crítica, Revista dos teatros publicado em 23 e 29 de outubro de 1859.

O primeiro texto do dia 23, comenta como se deu um serão artístico na sala do Lírico e os artistas que aí se apresentaram. Em especial fala sobre o talento no violino de Paulo Julien, mostrando seus conhecimentos musicais. Sobre outra apresentação faz referência sobre a obra de Verdi se pronunciando a favor da sua revolução na música.
Depois, não na mesma ocasião, escreve sobre a apresentação das peças “Mulheres terríveis”, “Os ovos de ouro”, “Simão ou o velho cabo da esquadra”, “O asno sempre é asno”.
No texto do dia 29, discorre sobre a chegada da atriz de Portugal a Sra. Eugênia Infanta da Câmara e se ela é ou não talentosa no palco, o autor também está na expectativa de assisti-la. Adiante fala da montagem do drama “Rafael” e diz que apesar de ter sido bem acolhido pelo público achou que pecou pelo excesso de lirismo. Ainda dala sobre a peça “Quero e não quero”, e a ópera nacional “Pipelet”música de Ferrari e poesia de Machado de Assis, que o autor diz ser seu alter ego, que diz ter muito afeto por ele mas não pode dar opinião nenhuma específica. <Tentei localizar o texto dessa ópera, mas parece que o libreto se perdeu, citação necessária>.
Mudando a temática comenta sobre a polêmica que se tem dado sobre um concurso para talentos artísticos do estrangeiro, o que vem sendo questionado por algumas pessoas mais nacionalista, mas nesse ponto o autor se coloca a favor dos talentos estrangeiros, dizendo:“O talento é cosmopolita, pertence a toda a parte(...)” .

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Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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