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76- “Estamos no meio-dia do século.”

Crítica, Revista dos teatros, publicado em 5, 12, 19 de novembro de 1859.

    No dia 5, começa comentando a peça “Abel e Caim” de Mendes Leal (Antonio), diz que tem algumas cenas tocantes, um bom monólogo, mas que o final é longo demais. Depois usa a história bíblica para dizer que a sociedade tem sido um Caim para os artistas. Volta para a peça e fala sobre a atuação de cada ator e atriz. Ainda dedica algumas frases para a peça “Rafael” e um concerto instrumental.
    O texto do dia 12, faz severas críticas a João Caetano, diz que é ultrapassado, “composições-múmias”, que sua arte apenas causa “abalos nervosos”. Depois trata da comédia “Feio de corpo bonito n'alma” de José Romano, compara a peça ao corcunda de notre dame de V. Hugo. Ainda fala sobre “Os amores de um marinheiro”, comentando a atuação boa dos atores.
    Já no dia 19, comenta o concerto de Elena Conran, tecendo grandes elogios à cantora De Lagrange, tanto o impressiona que depois irá escrever versos em sua homenagem. Analisa a peça “Valentina” e “Erro e Amor”.

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Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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