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85- “É fraqueza chorar?”

A augusta”, escrito em 1859, publicado em “O Binóculo”,n.º 1, 23 set. 1862.

<A interpretação de poesias é como desvendar um mistério um enigma. Uma mensagem clara na cabeça do poeta torna-se nebulosa quando transcrita em versos, as rimas criadas para dar uma melodia nas estrofes são artificialmente colocadas deslocando a ordem lógica das palavras. Pode ser que o poeta nem tenha uma mensagem clara inicialmente.>
<Enfrentemos mais uma poesia.>
O poeta canta versos de consolação, de esperança diante de um fracasso de uma amiga. O autor chora com sua amiga. Fala de como muitas vezes temos que esconder nossa tristeza, fingindo alegria. Depois de mostrar toda essa empatia por uma dor alheia, somente na última estrofe fala de redenção e novos amores que nos ajudam a recomeçar mesmo depois da mais profunda queda.
<Vou inaugurar uma nova seção nesses comentários:
Machado de Assis escreveu faz mais de um século usando palavras e expressões hoje inutilizados. Assim a cada texto apresento uma palavra usada no texto em questão incomum aos nossos ouvidos.
A palavra da semana é: Cireneu. Usado por Machado na seguinte passagem: “Sou como um Cireneu do sofrimento;”. Significado: “o que auxilia em empresa árdua”. Origem: de Simão, o Cireneu: aquele que ajudou Cristo a carregar a cruz. >.

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Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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