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86- “Tenho o teatro que me chama.”

Crítica, Revista dos teatros, 10 de janeiro de 1860.

O texto é do início do ano, período de festas, e nosso crítico teatral já explica que não há novidades no mundo teatral. E também o calor da do verão é intenso e convida ao repouso, até escrever um folhetim é esforço enorme.
<Machado é exagerado compara sua tarefa de ter que escrever sobre teatro com o destino de Prometeu: “Atado a esta rocha fatal chamada folhetim, inerte, Prometeu como sou, nem tenho ao menos um coro de Oceânidas para consolar-me no infortúnio. ”>
Assim comenta que se repetiu a apresentação do “Romance de um moço pobre”, alguns concertos dos irmãoes Growenstein. Ainda a peça “Pedro” de Mendes Leal Junior, peça com vocação artística e filosófica.

<A palavra nova da semana é: apostar. A novidade não é na palavra mas em um de seus sentidos, não estou falando de seu sentido usual. Aqui é usado por Machado com o sentido de emprenhar-se, e é usado na seguinte passagem: “Estamos em festas e como que os teatros se apostaram para não nos darem novidade alguma.” >

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Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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