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98- “Mas eis que o anjo pálido da morte”

Dois poemas desta vez:
No Álbum da artista Ludovina Moutinho”, publicado em “A Primavera”, em 17 março de 1861.

Sobre a morte de Ludovina Moutinho”, publicado no “Diário do Rio de Janeiro”, ano XLI, n.165, p.2, em poesia 17 de junho de 1861. Depois é republicado com o título “Elegia” em Crisalidas em 1864.

Ambos são homenagens à atriz Ludovina Moutinho, jovem artista conhecida no teatro, que chocou o público carioca com sua morte inesperada.
<Nessa época quando pessoas famosas morriam os escritores escreviam e publicavam poemas em sua homenagem, é uma bela tradição que está se perdendo.>

<A palavra nova da semana é: esquife. Usado na seguinte passagem: “Se, como outrora, nas florestas virgens,/ Nos fosse dado — o esquife que te encerra(...)”. Significado: “pequena embarcação, ou ainda caixão funerário, modo de transporte de uma vida para outra”. Origem : do Longobardo skif >.

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Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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