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114- “Vai encher a cabeça de romantismo, é moda;”

O caminho da porta / O protocolo, publicada originalmente no Teatro de Macaho de Assis v.I, Rio de Janeiro, Tipografia do Diário do RJ, 1863, encenado no Ateneu em 1862.

    As peças foram encenadas em 1862 e depois publicadas em 1863, na publicação antecedem o texto do teatro duas cartas uma de Machado de Assis dirigida Quintino Bocaiúva e a carta de resposta. Na carta o jovem teatrólogo pede o conselho se é recomendável fazer publica o texto dos teatros. Quintino Bocaiúva escreve: “(...)respondendo a uma interrogação direta que me diriges, devo dizer-te que havia mais perigo em apresentá-las ao público sobre a rampa da cena do que há em oferecê-las à leitura calma e refletida. O que no teatro podia servir de obstáculo à apreciação da tua obra, favorece-a no gabinete. As tuas comédias são para serem lidas e não representadas.”
    Vamos ao texto do teatro.
    A primeira com o título “O CAMINHO DA PORTA”, comédia em um ato. Três homens fazem corte a uma viúva, a viúva chamada de Carlota não demonstra preferência a nenhum dos pretendentes. Sem sucesso na corte os pretendentes preferem desistir, tomando “o caminho da porta”.
    A segunda peça tem o título “O PROTOCOLO”, comédia em um ato. Sobre uma suspeita de traição em um casamento, que acaba em um anti clímax.
    Interessantes apenas como marco histórico de serem os primeiros teatros de Machado de Assis a serem encenados.

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Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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