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135- Sonho e desespero


 No Limiar, escrito em 1863, presente na primeira edição de Crisálidas, 1864

Uma daquelas poesias que se fazem entender com a leitura de seus últimos versos, pois relendo o texto após a revelação se desfaz o mistério inicial.

Texto que pode indicar as tendências futuras do autor de entender o que se passa na cabeça das pessoas, com o uso de personificação dos sentimentos de esperança e desengano.

Lendo agora não posso deixar de associar a Sandman de Neil Gaiman, como uma conversa entre o Sonho e a Desespero.

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Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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