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123- “O melhor remédio para não morrer de febre amarela é... morrer de outra moléstia.”

Crônicas do Dr. Semana , publicado originalmente na Semana Ilustrada, Rio de Janeiro.     No dia 8 de fevereiro de 1863, publica a “Carta ao Sr. Christie”, despede-se o Sr. Christie que vai partir para Londres. Lamentando a perda de assuntos, já que a figura rende muitas notícias ao jornal. <Muito provavelmente trata-se do embaixador inglês, protagonista da “Questão Christie” entre Brasil e Inglaterra>.     No dia 15 de março de 1863, publica o texto “Semanopatia Nova Medicina descoberta pelo Dr. Semana”, conta algumas anedotas de medicina, fome, vacinas e febre amarela. Publica ainda o texto “Parte forense”, em que informa que é formado em todas as ciências, inclusive em Direito, e dá notícia do endereço de seu escritório, onde pode ser procurado, lista suas várias competências até mesmo diz que “Faz requerimentos para a soltura de pretos fugidos, e para a emancipação de africanos livres.”

122- Mais uma vez o Brado

Hino Patriótico , publicado em dezoito de janeiro de 1863, na “Semana Ilustrada”, n.110, p.872.     É a terceira vez que Machado faz um hino, ver aqui e aqui .     Mais um hino que começa com um Brado, desta vez clama por uma morte honrada antes de uma vida infame e vil. Fala da luta pela liberdade, para “rejeitar o grilhão servil”.     <Hoje lendo fica patente a contradição de luta pela liberdade e ao mesmo tempo aceitação da escravidão, ou, talvez Machado estaria denunciando essa contradição nesses versos>.

121- “(…) um feixe de incongruências, e nada mais.”

Pareceres de Machado de Assis a Diversas Peças Teatrais, de 12/01/1863, março de 1863, 20/06/1863 e 14/09/1863. Não tenho informação completa desses textos, parece que são apenas manuscritos, talvez cartas pessoais, em alguns textos menciona que seria uma espécie de parecer sobre a peça, em que Machado de Assis julgaria se as peças são boas ou não para serem representadas nos teatros do Rio de Janeiro:  Se alguém souber o contexto em que foram escritos favor nos informar. Em 12/01/1863, fala sobre as peças “A caixa do marido” e “A charuteira da mulher”, é uma obra de um autor desconhecido. Machado acredita que na verdade se trata de uma tradução ruim de uma peça francesa. Em março de 1863, comenta a peça “As conveniências”, diz que não a aprova e que ela não deve ser representada em nenhum teatro. Em 20/06/1863, sobre a peça “Anel de ferro”, encontra boas qualidades nela, como nos diálogos, mas ainda há muitos defeitos, como passagens confusas ou contraditórias. Em 14/09/1863, fin...

120- “ O que é certo, porém, é que em nosso país e neste tempo é coisa rara e para admirar um livro de versos, e, sobretudo um livro de bons versos, porque maus, sempre há quem os escreva, (...)”

Crônicas (1863) , publicado originalmente em “O Futuro”, Rio de Janeiro, nos dias 01/01/1863, 15/01/1863, 31/01/1863, 15/02/1863, 01/03/1863, 15/03/1863, 01/04/1863, 15/04/1863, 01/05/1863, 15/05/1863, 01/06/1863, 15/06/1863 e 01/07/1863. Em 01/01/1863, fala das esperanças para o novo ano de 1863. Recomenda a leitura do livro “o Lírio Branco” de Luiz Guimarães Júnior. Em 15/01/1863, comenta as relações entre o Brasil e a Inglaterra. Comenta a peça “Túnica de Nessus”, de S.B. Nabuco de Araújo. Em 31/01/1863, discorre sobre um novo jornal o “Brésil”, escrito em francês, feito por brasileiros e vendido nos portos, para passageiros de transatlânticos. Em 15/02/1863, fala principalmente de uma exposição na Academia das Belas Artes no Rio de Janeiro, comentando várias obras de artes plásticas. Em 01/03/1863, comenta a supressão da procissão de cinzas, sobre a educação religiosa e práticas religiosas em geral. Em 15/03/1863, sobre uma reunião literária para instituir leituras públicas. Ainda...

118.5- O ano de 1862

    Machado de Assis em 1862 já contava com 23 anos de idade já não é mais um menino, suas responsabilidades aumentam. Talvez por isso as poesias diminuem, ou talvez simplesmente as tivesse guardando para a publicação de seu primeiro livro de poesias alguns anos mais tarde.     Continua o crítico, o cronista, até comenta direitos dos trabalhadores . E continua a acompanhar o teatro do Rio de Janeiro.     Retorna com o Dr. Semana agora com suas preleções de gramática .     E como dramaturgo estreia a engraçada peça “ Quase Ministro ”.     É um ano de continuações e de amadurecimento na sua profissão de escritor.   Desse anos recomenda-se a leitura de o “ País das Quimeras ” e da poesia “ Aspiração ”.

118- “Não te arrepeles. Dá de mão ao pranto; /Isso que tem?”

Coração Perdido , publicado na Biblioteca Brasileira, I Lírica Nacional. RJ, 1862, pp. 53-54.     Hoje é uma prática mais rara, mas já houve um tempo em que era popular o passatempo o de criar passarinhos presos em gaiolas. A poesia tentar confortar um praticante, talvez uma criança, desse costume, que perdeu um passarinho. A poesia é cheia de rimas, como era o costume.

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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