Pular para o conteúdo principal

Postagens

130- “Está de luto a cena nacional.”

A morte de João Caetano , publicado em primeiro de setembro de 1863, no Diário do Rio de Janeiro ano XLIII, n.239,p.1. Homenagem pelo falecimento do ator João Caetano. “O nome de João Caetano ficará nos anais do teatro e chegará à memória dos vindouros. Mas é aqui o ponto de maior tristeza. O que é a veneração da posteridade pelos artistas de teatro? As cenas palpitantes, as paixões tumultuárias, as lágrimas espontâneas, os rasgos do gênio, a alma, a vida, o drama, tudo isso acaba com a última noite do ator, com as últimas palmas do público. O que o torna superior acaba nos limites da vida; vai à posteridade o nome e o testemunho dos contemporâneos, nada mais.” É muito bem escrito. <Nesse momento histórico Machado de Assis não podia suspeitar na vindoura invenção dos filmes>.

129- “(…) é uma obra de consciência e de coragem, digna e honrosa, é certo, mas nem por isso fácil de empreender.”

Crítica a “A Constituinte perante a História” de Homem de Mello e “Sombras e Luz” de B. Pinheiro – (1863) , publicado originalmente no Diário do Rio de Janeiro, 24/08/ 1863.     O escritor começa esse texto lamentando que o folhetim perdeu seus leitores. E depois começa a crítica ao livro de Homem de Melo, trata-se de um livro de investigações histórico políticas, que merece louvores.     Também comenta o livro “Sombras e Luz” de B. Pinheiro, diz que é um livro que merece a atenção dos escritores     Trata ainda da estreia do ator português César de Lacerda na peça “Cinismo, ceticismo e crença” dizendo que suas impressões foram das melhores.

128- “Nem o arrulho enternecido”

“Sinhá”, publicado no dia quinze de abril de 1863 em “O futuro”, ano I, n.15, p.495. A publicação original pode ser localizado na  hemeroteca digital, posteriormente foi publicado em “Crisalidas”     No jornal em que foi originalmente publicado está a indicação de que foi escrito em 1862. Poesia de idealização da mulher amada, com controverso elogio ao barulho dos pombos.

127- Desprezado

As Ventoinhas , publicado em 01/04/1963, em “O futuro”, ano I, n.14, p.460, depois republicado no livro Crisálidas em 1864.     Texto datado, compara o comportamento de mulheres com o de ventoinhas. Talvez indício de uma corte malsucedida.

126- Sensibilidade X Suscetibilidade

Revelações , de A. E. Zaluar (1863) , publicado originalmente no Diário do Rio de Janeiro, 30 de março de 1863.     Crítica ao livro de Poesias de Augusto Emílio Zaluar. Machado de Assis já começa tecendo elogios ao autor da obra. Explica que há duas classes de poetas os que exprimem a sensibilidade verdadeira e os que exprimem uma suscetibilidade calculada. Para Machado Zaluar exprime essa sensibilidade na sua poesia.

125- “Mas as pontas, essas sim.”

O casamento do Diabo , publicado na Semana Ilustrada, em 29 março de 1863.     Texto publicado anonimamente, com indicação que se trata de uma imitação de um texto alemão. É escrito com a intenção de ser uma anedota e fazer rir.     É um texto datado, talvez por isso Machado de Assis não o tenha assinado.

124- “A tua dor pede vingança e termo;”

O Acordar da Polônia, 15/03/1863, publicado em “O futuro”, ano I, n.13, pp.425-428. É possível achar o texto na hemeroteca digital .     Poesia sobre conflito entre poloneses e russos. Os poloneses lutando pela sua liberdade e independência. O poeta conta uma breve história da Polônia, explica a divisão do território polonês. Fala das guerras e de suas consequências de muitas mortes.

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
-- Ver todas