Pular para o conteúdo principal

Postagens

82- Versos de quem?

“ Meus Versos ”, Foi encontrado apenas o registro da data de divulgação do poema, 1859.     Cinco estrofes de sonhos, esperanças e desilusões. Compara a criação de versos com o crescer de botões em flores e como muitas são ignoradas e jogadas fora.     <Não encontrei a origem desta poesia, se foi publicada em algum lugar, se há apenas um manuscrito, nem certeza de que foi Machado de Assis que a escreveu, poderia ser uma tradução, ou até de outra pessoa. Se você leitor souber, por favor me avise .>

80- O cronista dos fatos teatrais

Crítica, Revista dos teatros , 25 de dezembro de 1859.     Machado mais uma vez faz sua peregrinação pelos teatros cariocas para apontar as virtudes e vícios das produções. Primeiro assistiu “o romance de um moço pobre”, traduzido do francês, rico em fatos e personagens, a peça foi muito aplaudida na França e no Brasil repete o seu sucesso.     Depois comenta a peça “Casamento a marche-marche”, uma comédia, e o “Escravo fiel”, um drama, e ainda “ Pedro Hespanhol” e “Chins conspiradores”.     <A peça “Escravo fiel”, trata do polêmico tema da escravidão, ainda em prática no Brasil de então, o drama tem a seguinte fala: “Eu sou negro mas as minhas intenções são brancas!”, o comentário de Machado sobre isso é polêmico, merece maior estudo>.

79- As travessuras machadianas

“ Travessa ” publicado em “O Espelho”, 18 dezembro 1859. O poeta declara seu amor, sua paixão por uma mulher desconhecida de nós, deposita nela sua carência por mais esperança e por um mundo sem medo. Nada se compara ao sentimento que ela lhe desperta. Com ela o amor se concretiza. E para ela entrega sua vida.

78- “Não serei eu o Édipo moderno.”

Crítica, Revista dos teatros , 27 de novembro de 1859, 4 e 10 de dezembro de 1859 publicado em “O espelho” e 17 de dezembro de 1859.     O texto do dia 27 de novembro, começa perguntando se a leitora já viu a peça “Miguel, o Torneiro”, uma imitação do francês, que foi aqui bem desempenhada. Depois trata de “Erro e amor”, opinando por uma falta de ligação lógica entre as cenas. Ainda fala da apresentação da ópera Pipelet pela nova companhia da Ópera Nacional, iniciativa que muito lhe agradou. No final convida a leitora a ir assistir a comédia “Duas primas”, que irá comentar no próximo texto.     De fato, no dia 4 de dezembro começa tratando justamente de “Duas primas”, explica que ela se originou na obra “La comtesse du Toneau” de Scribe, comparando este autor a Calderan na poesia e Dumas no romance, essa obra se passa no tempo de Luiz XV, sobre uma aventura amorosa com traições e intrigas. Afirma que a encenação da tradução “Duas Primas” foi bem desempenha...

77- Uma cantora

“ A MME. De la Grange ”, publicado no Correio Mercantil, 16 nov. 1859. Poesia em homenagem à cantora de la Grange, mostrando novamente a paixão do autor pela arte e as artistas. É um notável modelo de como fazer uma homenagem para alguém nessa época.

76- “Estamos no meio-dia do século.”

Crítica, Revista dos teatros , publicado em 5, 12, 19 de novembro de 1859.     No dia 5, começa comentando a peça “Abel e Caim” de Mendes Leal (Antonio), diz que tem algumas cenas tocantes, um bom monólogo, mas que o final é longo demais. Depois usa a história bíblica para dizer que a sociedade tem sido um Caim para os artistas. Volta para a peça e fala sobre a atuação de cada ator e atriz. Ainda dedica algumas frases para a peça “Rafael” e um concerto instrumental.     O texto do dia 12, faz severas críticas a João Caetano, diz que é ultrapassado, “composições-múmias”, que sua arte apenas causa “abalos nervosos”. Depois trata da comédia “Feio de corpo bonito n'alma” de José Romano, compara a peça ao corcunda de notre dame de V. Hugo. Ainda fala sobre “Os amores de um marinheiro”, comentando a atuação boa dos atores.     Já no dia 19, comenta o concerto de Elena Conran, tecendo grandes elogios à cantora De Lagrange, tanto o impressiona que d...

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
-- Ver todas