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132- “Viajar é multiplicar a vida”

 Crítica “Peregrinação pela província de S. Paulo , por A. E. Zaluar” (1863 ), publicado originalmente no Diário do Rio de Janeiro, em 16/11/ 1863. Machado de Assis louva o prazer de viajar, mas diz que é preciso ser poeta para aproveitar bem a viagem. O que é o caso no livro “Peregrinação pela província de S. Paulo , por A. E. Zaluar”, o qual é estruturado em uma coleção de cartas dos lugares visitados. É uma resenha bem completa do que se pode esperar no livro. Faz elogio ao livro e de fato dá vontade de ler o livro após a leitura dessa crítica.

131- “DIREITO CRIMINAL- ALTAS QUESTÕES DO CRIME EM CASA ALHEIA”

  Crônicas do Dr. Semana ,publicado originalmente na Semana Ilustrada, Rio de Janeiro. em 13/09/1863, 04/10/1863, 11/10/1863, 29/11/1863, 6/12/1863.    No texto dia 13/09/1863, faz um texto pedindo mais assinantes pagantes para o jornal.    No texto dia 04/10/1863, Dr. Semana apresenta uma serie de modelos de petições jurídicas, a primeira é uma queixa contra um pescador e uma quitandeira que venderam camarão causador de uma forte indigestão e assim são acusados de crime contra a vida do comprador. Os outros casos são semelhante um envolve talheres de osso, outro um doente de nervos. No final afirma: “A autoridade ordinariamente manda tais queixosos plantar batatas e estudar direito, ainda que tragam o Corpus Juris na algibeira.”    No texto dia 11/10/1863, avisa aos deputados que irá acompanhar os seus trabalhos.    No texto dia 29/11/1863, uma carta com uma denúncia a uma senhora que maltrata pessoas escravizadas.    No texto dia...

130- “Está de luto a cena nacional.”

A morte de João Caetano , publicado em primeiro de setembro de 1863, no Diário do Rio de Janeiro ano XLIII, n.239,p.1. Homenagem pelo falecimento do ator João Caetano. “O nome de João Caetano ficará nos anais do teatro e chegará à memória dos vindouros. Mas é aqui o ponto de maior tristeza. O que é a veneração da posteridade pelos artistas de teatro? As cenas palpitantes, as paixões tumultuárias, as lágrimas espontâneas, os rasgos do gênio, a alma, a vida, o drama, tudo isso acaba com a última noite do ator, com as últimas palmas do público. O que o torna superior acaba nos limites da vida; vai à posteridade o nome e o testemunho dos contemporâneos, nada mais.” É muito bem escrito. <Nesse momento histórico Machado de Assis não podia suspeitar na vindoura invenção dos filmes>.

129- “(…) é uma obra de consciência e de coragem, digna e honrosa, é certo, mas nem por isso fácil de empreender.”

Crítica a “A Constituinte perante a História” de Homem de Mello e “Sombras e Luz” de B. Pinheiro – (1863) , publicado originalmente no Diário do Rio de Janeiro, 24/08/ 1863.     O escritor começa esse texto lamentando que o folhetim perdeu seus leitores. E depois começa a crítica ao livro de Homem de Melo, trata-se de um livro de investigações histórico políticas, que merece louvores.     Também comenta o livro “Sombras e Luz” de B. Pinheiro, diz que é um livro que merece a atenção dos escritores     Trata ainda da estreia do ator português César de Lacerda na peça “Cinismo, ceticismo e crença” dizendo que suas impressões foram das melhores.

128- “Nem o arrulho enternecido”

“Sinhá”, publicado no dia quinze de abril de 1863 em “O futuro”, ano I, n.15, p.495. A publicação original pode ser localizado na  hemeroteca digital, posteriormente foi publicado em “Crisalidas”     No jornal em que foi originalmente publicado está a indicação de que foi escrito em 1862. Poesia de idealização da mulher amada, com controverso elogio ao barulho dos pombos.

127- Desprezado

As Ventoinhas , publicado em 01/04/1963, em “O futuro”, ano I, n.14, p.460, depois republicado no livro Crisálidas em 1864.     Texto datado, compara o comportamento de mulheres com o de ventoinhas. Talvez indício de uma corte malsucedida.

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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