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Mostrando postagens de maio, 2015

69- Leia ouvindo um realejo.

“Cousas Que São Maçantes”, publicado em “A Marmota”, n. 1.096, p. 4, 4 de outubro de 1859. Pode ser lida neste trabalho onde foi transcrita. Uma lista de coisas que o autor acha maçantes. São apenas catorze itens, que vai desde poeira, ser escolhido para o júri até ouvir cantores desafinados. Apesar de mais de um século passado qualquer um pode se identificar com essa lista bem ao estilo das listas modernas difundidas em redes sociais. Observação: não existe certeza absoluta se a autoria desse texto é de Machado de Assis, visto que foi assinada por “M. de A.”, na época trabalhavam na marmota além de Machado de Assis, Moreira de Azevedo, com as mesmas iniciais.

68- “(...) a arte divorciou-se do público.”

“ Idéias sobre o teatro ”, publicado originalmente em O Espelho,I, 25 de set.; II, 02 de out.; 25 de dez. de 1859. Fala sobre a situação do teatro e seus artistas no Brasil. Em resumo explica os muitos problemas que a atingem os artistas e a plateia, diz que ambas classes precisam ser educadas. Machado explica que o teatro não é apenas passatempo, pois tem uma missão moralizadora. E nesse sentido o governo não toma nenhuma atitude e limita-se ao apoio material. Também reclama que o teatro do Brasil não tem nenhum cunho local, repete estrangeirismo. O teatro precisaria representar a verdade nacional. E ainda escreve que: “(...) imitamos as frivolidades estrangeiras, e não aceitamos os seus dogmas de arte?”.

67- “Não posso dizer mais; falta-me espaço. Até domingo. “

Crítica, Revista dos teatros , publicado em 18 e 25 de setembro de 1859. No primeiro texto publicado no dia 18, Machado continua a última conversa com seus leitores, adverte que esta será mais curta, comenta as peças “Arthur ou dezesseis anos depois”, “Cabelos de minha mulher” e “Minha sobrinha e meu urso”. Faz algumas repreensões sobre a atuação dos atores e sobre alguns anacronismos da decoração: “por exemplo, Luiz XIV ou Molière, sentado em uma cadeira de Francisco I, e em um gabinete do tempo da revolução“. No fim ainda comenta a apresentação da ópera “os Mártires”. O segundo texto do dia 25, comenta as seguintes peças: “A honra de uma família.” e “Um lobo no mar faz rir”. O interessante desses textos é que eles revelam um pouco do cotidiano das pessoas que acompanhavam o teatro dessa época.

66- “(...) a religião das lendas (...)”

“ Os imortais (lendas) ”, publicado originalmente em “O Espelho”, Rio de Janeiro, 18 e 25/09/1859 São dois  pequenos textos. O primeiro tem como título “O CAÇADOR DE HARZ”, começa falando sobre as histórias sobre seres imortais como Prometeu, Hércules, e depois fala de uma história alemã sobre um caçador imortal. O segundo texto tem como título “O Marinheiro Batavo”, que fala justamente de uma lenda batava de um marinheiro, eternamente a navegar o oceano.

65- Um revolucionário.

“ A um proscrito ”, publicado em “O Espelho”, 18 set. 1859. Retoma o tema de “ A Ch.F., filho de um proscrito ”, é uma homenagem às revoluções, um discurso contras as velhas monarquias. Aqui o autor está fazendo referência direitamente às monarquias europeias, ainda não opinou direitamente sobre a monarquia brasileira, talvez ele considere a brasileira mais moderna por ser constitucional e pela figura de D. Pedro II.

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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