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Mostrando postagens de junho, 2015

73- “O verbo é a origem de todas as reformas. “

“ A reforma pelo jornal ”, publicado originalmente em O Espelho, Rio de Janeiro, 23/10/1859. Discorre sobre a importâncias do jornal e as mudanças que ele proporcionou. O jornal é uma passo em direção à democracia. Afirma que a palavra em discursos e em livros é um monólogo e que somente no jornal vira discussão. E a discussão coloca em risco as aristocracias modernas. Por essa razão muitos tentam suprimir a liberdade de impressa ou a impressa como um todo. Sobre o Brasil diz que a impressa ainda precisa crescer muito, que sofre financeiramente e muitas vezes precisa do apoio da nobreza. Mesmo assim o autor termina o texto com otimista pelo jornal e pelas reformas.

71- “Vai, não prendas a tua primavera,”

“ Ofélia ”, publicado no Correio Mercantil, 21 out. 1859. Constrói toda poesia em cima da metáfora: o destino como um rio. Inspirado em Shakespeare, fala com Ofélia, sobre sua morte. E o poeta tenta dissuadi-la de entrar no rio. <Essa é a primeira evidencia do conhecimento de Shakespeare por Machado de Assis, nessa hora me pergunto: quando começou a lê-lo? No original em inglês ou em alguma tradução? O acesso a sua obra era fácil em 1859? Vamos acompanhar de perto essa conversa.>

70- “Talvez não me conheçam, mas é fácil; um cronista é reconhecido entre um povo de cabeças. Eu então cheiro a folhetim a duas léguas de distância.”

Crítica, Revista dos teatros publicado em 2, 9 e 16 de outubro de 1859. O primeiro texto publicado no dia 2, comenta “Luiz” de Ernesto Cibrão, e lhe tece grandes elogios, e diz que essa também foi a opinião do público. Depois fala de “Um Bernardo em dois volumes”, uma comédia de Novaes, que fez o publico rir bastante. Ainda na semana foi ver a apresentação da Sra. de Lagrange em “Lombardos”, que apesar da boa cantora não sustentou um bom público. Em digressão diz que gostaria de escrever um livro curioso chamado “Os fastos do teatro Lírico”. Também comenta que no teatro São Pedro houve a apresentação do drama “Jocelin”. E mudando de assunto anuncia o renascimento da Ópera Nacional, sob a direção do Sr. D. José Amat, diz que as leitoras podem encontrá-lo na plateia podendo ser reconhecido facilmente por cheirar a folhetim. O segundo texto publicado no dia 9, começa pedindo perdão à leitora pelas “linhas magras”, comenta rapidamente a apresentação das peças “Meu nariz, meus olhos, minh...

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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