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47- “(POETA) O sonho é como um feto que se aborta,(...) (MUSA) Sofrer, qu’importa? — Vem! Morrem as dores/ Da solidão nos recônditos mistérios!”

“ A missão do Poeta ”, publicado em vinte de outubro de 1858 em “O universo ilustrado, pittoresco e monumental”, Rio de Janeiro, ano 1, n. 29, p.3-4. Fugindo do comum, apresenta um diálogo entre a Musa e o Poeta. A Musa chama o poeta para sonhar. O Poeta reluta em aceitar, se pergunta se não é tudo ilusão. A Musa diz que o poeta não pode desistir que tem uma missão de cantar. <É lendo versos como este que percebo como o romantismo é ainda muito influente, como canta crises de sentimentos que ainda gostamos de enfrentar. Bom exemplo disso é o poetinha muito tempo depois escrever “e no entando é preciso cantar...”>

45- Discutindo a literatura nacional.

“ O passado, o presente e o futuro da literatura ”, publicado em “A Marmota”, n. 941 (pp. 1-2) e 945 (pp. 1-2), 9 e 23 de abril de 1858.  O texto é dividido em três partes. Na primeira, Machado fala de como a literatura é usada na política e em movimentos revolucionários, para defesa de ideais como a liberdade. Diz que no Brasil na época colonial a literatura local imitava a europeia e não tinha um cunho nacional, salvo algumas poucas exceções. Ainda nessa parte Machado escreve “(...) a poesia indígena, bárbara, a poesia do boré e do tupã, não é a poesia nacional. O que temos nós com essa raça, com esses primitivos habitadores do país, se os seus costumes não são a face característica da nossa sociedade?”, o que reflete bem o pensamento da época sobre a cultura indígena do Brasil. Na segunda pate, fala da independência de1822. Elogia D. Pedro I por ter escolhido o Brasil. Mas, diz que a independência literária é mais difícil que a política. Na última parte, comenta que falt...

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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