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139- Elogios

  D. Pedro II (esboço biographico) ,  publicado em 6 de novembro de 1859, na revista  “O Espelho: revista de literatura, moda, indústria e arte”, edição n.10. Biografia de Dom Pedro 2º que foi publicada de forma anônima, a pesquisadora Cristiane Garcia Teixeira atribui a autoria a Machado de Assis, conforme defendeu na sua pesquisa para a dissertação “ Um projeto de revista n’O Espelho: literatura, modas, indústria e artes (1859-1860) ”. O texto em si, começa desde a chegada em 1808 do príncipe regente. Depois fala sobre D. Pedro I e Leopoldina. Finalmente para começar a falar de D. Pedro II desde seu batismo e vários nomes. Fala da sua mãe que morreu quando ainda contava com um ano de idade, e que D. Pedro II teve que se separar do pai quando contava com cinco anos de idade. Aborda a tutoria de José Bonifácio. Explica que em 1840 foi proclamada a sua maioridade. Depois trata de seu casamento com D. Thereza. Pontua as suas obras de caridade, o fato de ele ser cristão, ter...

138- “Estou superior a todas essas intriguinhas...”

Crônicas do Dr. Semana (1864) , publicado originalmente na Semana Ilustrada, Rio de Janeiro, em 17/01/1864, 07/02/1864, 14/02/1864, 27/03/1864, 03/04/1864, 10/04/1864, 17/04/1864, 24/04/1864, .01/05/1864, 08/05/1864, 12/05/1984, 15/05/1864, 22/05/1864, 05/06/1864, 19/06/1864 e 26/06/1864.     No dia 17 de janeiro, escreve um texto que só pode ser entendido como uma propaganda de um remédio, até passando o local onde se pode adquirir o produto.     No dia 7 de fevereiro, discorre sobre uma inusitada disputa envolvendo o filósofo Hermotimo, um bicho preguiça, uma coruja e Minerva.     No dia 14 de fevereiro, explica que um comentário do jornal em outra coluna não quis ofender ninguém, foi uma brincadeira e que o jornal “Semana Ilustrada” não é contra bailes mascarados. <lendo com os olhos de 2024 esse texto me lembra discussões em redes sociais, do tipo “vocês não entenderam que o comentário foi irônico”.>     No dia 27 de ...

137- Aprovando teatros

 Pareceres - Conservatório Dramático (1864) , escrito no dias 08 e 12 de janeiro de 1864.     No dia oito de janeiro fala sobre os dramas “Os espinhos de uma flor” e “O filho do erro”. Sobre o primeiro diz ser contra a sua apresentação, por “perverter os bons sentimentos e falsear as leis da moral”. Já o segundo é aprovado e aproveita para dar alguns palpites para melhorar o enredo.     No dia doze de janeiro fala sobre a comédia “Ao entrar na sociedade”, em que dá parecer pela sua aprovação, apesar de ser obra estreante, diz que o autor já mostra talento.

136.5- O ano de 1863

      Em 1863 Machado de Assis volta com várias poesias, talvez já preparando a coleção de poesias que irá publicar em 1864. E de fato inaugura o ano de 1863 com uma poesia tipicamente romântica .     Neste ano firma sua posição como cronista no jornal “ O Futuro ”, com publicações quase semanais.     Também neste ano continua sua proximidade com o teatro .     Ainda em janeiro de 1863 publica um hino patriótico que fala de liberdade e da luta para “rejeitar o grilhão servil”.     O Dr. Semana volta a publicar oferecendo serviços de “ requerimentos para a soltura de pretos fugidos, e para a emancipação de africanos livres. ”     Em 15/03/1863 comenta em poesia a guerra entre Polônia e a Rússia , lendo hoje impossível não pensar na atual guerra na Ucrânia.     Escreve algumas linhas em que menospreza as mulheres , talvez indício de uma corte malsucedida de sua própria parte . ...

135- Sonho e desespero

 No Limiar , escrito em 1863, presente na primeira edição de Crisálidas, 1864 Uma daquelas poesias que se fazem entender com a leitura de seus últimos versos, pois relendo o texto após a revelação se desfaz o mistério inicial. Texto que pode indicar as tendências futuras do autor de entender o que se passa na cabeça das pessoas, com o uso de personificação dos sentimentos de esperança e desengano. Lendo agora não posso deixar de associar a Sandman de Neil Gaiman, como uma conversa entre o Sonho e a Desespero.

134- A oração

  Fé , escrito em 1863, presente na primeira edição de Crisálidas, 1864. Abre com uma citação de Santa Teresa de Jesus que lê: “Mueveme enfin tu amor de tal manera/Que aunque no hubiera cielo yo te amara”. No poema o autor louva o poder da oração e aqueles que oram.

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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