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78- “Não serei eu o Édipo moderno.”

Crítica, Revista dos teatros , 27 de novembro de 1859, 4 e 10 de dezembro de 1859 publicado em “O espelho” e 17 de dezembro de 1859.     O texto do dia 27 de novembro, começa perguntando se a leitora já viu a peça “Miguel, o Torneiro”, uma imitação do francês, que foi aqui bem desempenhada. Depois trata de “Erro e amor”, opinando por uma falta de ligação lógica entre as cenas. Ainda fala da apresentação da ópera Pipelet pela nova companhia da Ópera Nacional, iniciativa que muito lhe agradou. No final convida a leitora a ir assistir a comédia “Duas primas”, que irá comentar no próximo texto.     De fato, no dia 4 de dezembro começa tratando justamente de “Duas primas”, explica que ela se originou na obra “La comtesse du Toneau” de Scribe, comparando este autor a Calderan na poesia e Dumas no romance, essa obra se passa no tempo de Luiz XV, sobre uma aventura amorosa com traições e intrigas. Afirma que a encenação da tradução “Duas Primas” foi bem desempenha...

77- Uma cantora

“ A MME. De la Grange ”, publicado no Correio Mercantil, 16 nov. 1859. Poesia em homenagem à cantora de la Grange, mostrando novamente a paixão do autor pela arte e as artistas. É um notável modelo de como fazer uma homenagem para alguém nessa época.

76- “Estamos no meio-dia do século.”

Crítica, Revista dos teatros , publicado em 5, 12, 19 de novembro de 1859.     No dia 5, começa comentando a peça “Abel e Caim” de Mendes Leal (Antonio), diz que tem algumas cenas tocantes, um bom monólogo, mas que o final é longo demais. Depois usa a história bíblica para dizer que a sociedade tem sido um Caim para os artistas. Volta para a peça e fala sobre a atuação de cada ator e atriz. Ainda dedica algumas frases para a peça “Rafael” e um concerto instrumental.     O texto do dia 12, faz severas críticas a João Caetano, diz que é ultrapassado, “composições-múmias”, que sua arte apenas causa “abalos nervosos”. Depois trata da comédia “Feio de corpo bonito n'alma” de José Romano, compara a peça ao corcunda de notre dame de V. Hugo. Ainda fala sobre “Os amores de um marinheiro”, comentando a atuação boa dos atores.     Já no dia 19, comenta o concerto de Elena Conran, tecendo grandes elogios à cantora De Lagrange, tanto o impressiona que d...

75- Prosa teatral

“Madalena”, publicado em “A Marmota”, n. 1.096 (pp. 3-4), 1.097 (p. 3), 1.098 (pp. 3-4), 1.099 (pp. 3-4), 1.100 (pp. 3-4), 1.101 (pp. 2-3), 1.102 (pp. 3-4), 1.104 (pp. 2-3) e 1.105 (pp. 2-3); 4, 7, 11, 14, 18, 21 e 25 de outubro de 1859; 1 e 4 de novembro de 1859. Pode ser lido  neste trabalho onde foi transcrito. Observação: não existe certeza se a autoria desse texto é de Machado de Assis, podendo ser de Moreira de Azevedo, já que ambos escreviam na mesma época para a Marmota e assinavam M.A. Madalena filha de Fernando e órfã de mãe, o enredo gira entorno de um casamento arranjado de Madalena, uma jovem moça, com um Médico de 60 anos. Há grande drama, um incêndio criminoso, atos de honra e sacrifício. Em algumas partes tem monólogos em que o personagem fala sozinho, parecendo mais uma peça teatral, com atos ao invés de capítulos. <Como argumento para se dizer que de fato é da autoria de Machado de Assis pode se apontar que talvez a personagem Madalena esteja representan...

74- De serões, teatro e ópera.

Crítica, Revista dos teatros publicado em 23 e 29 de outubro de 1859. O primeiro texto do dia 23, comenta como se deu um serão artístico na sala do Lírico e os artistas que aí se apresentaram. Em especial fala sobre o talento no violino de Paulo Julien, mostrando seus conhecimentos musicais. Sobre outra apresentação faz referência sobre a obra de Verdi se pronunciando a favor da sua revolução na música. Depois, não na mesma ocasião, escreve sobre a apresentação das peças “Mulheres terríveis”, “Os ovos de ouro”, “Simão ou o velho cabo da esquadra”, “O asno sempre é asno”. No texto do dia 29, discorre sobre a chegada da atriz de Portugal a Sra. Eugênia Infanta da Câmara e se ela é ou não talentosa no palco, o autor também está na expectativa de assisti-la. Adiante fala da montagem do drama “Rafael” e diz que apesar de ter sido bem acolhido pelo público achou que pecou pelo excesso de lirismo. Ainda dala sobre a peça “Quero e não quero”, e a ópera nacional “Pipelet”música de Ferrari...

73- “O verbo é a origem de todas as reformas. “

“ A reforma pelo jornal ”, publicado originalmente em O Espelho, Rio de Janeiro, 23/10/1859. Discorre sobre a importâncias do jornal e as mudanças que ele proporcionou. O jornal é uma passo em direção à democracia. Afirma que a palavra em discursos e em livros é um monólogo e que somente no jornal vira discussão. E a discussão coloca em risco as aristocracias modernas. Por essa razão muitos tentam suprimir a liberdade de impressa ou a impressa como um todo. Sobre o Brasil diz que a impressa ainda precisa crescer muito, que sofre financeiramente e muitas vezes precisa do apoio da nobreza. Mesmo assim o autor termina o texto com otimista pelo jornal e pelas reformas.

Citações escolhidas

-- "Assim, por sobre o túmulo/ Da extinta humanidade/ Salva-se um berço; o vínculo/ Da nova criação." (1863).
-- “Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa, festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito, enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62! (1863).
-- “Expus com franqueza e lealdade, sem exclusão do natural acanhamento, as minhas impressões; os erros que tiver cometido provarão contra a minha sagacidade literária, nunca contra o meu caráter e a minha convicção." (1863).
-- “Que importa o labor de uma longa semana? Há, para muito descanso, o domingo da imortalidade.”(1863).
--"(...)Passarinho que sendo prisioneiro/ Fugiu matreiro/ Não volta, não!" (1862)
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